7 de abr. de 2012

Charge - Aroeira

Óculos inteligentes do Google podem acessar a internet


Um grupo de engenheiros do Google apresentou na última quarta-feira (04), um projeto que pode revolucionar o modo como interagimos com o celular qualquer aparelho móvel. É um tipo de tecnologia, que ajuda você a explorar e compartilhar o seu mundo, colocando-o de volta no momento. O projeto, batizado de Project Glass, é bem parecido com um óculos e permite a interação entre o usuário e o meio em que vive através de uma realidade aumentada. Através de aplicativos semelhantes ao Android e comando de voz, é possível ver no vídeo demonstrativo logo abaixo interações através de mensagens instantâneas, gps em tempo real, compras orientada, previsão do tempo, vídeo conferência e mais uma porção de atividades. Tudo isso, em uma pequena tela de vidro próxima aos olhos.
Do lado direito do acessório, um pequeno aparelho capta e registra imagens além de projetar conteúdo no campo de visão do usuário. Ainda em caráter de projeto, o Google Glass - que pode ter design e funções modificados até a sua versão final - ainda não tem data ou preço para chegar ao mercado.
Vejam com funciona:

Passando o tempo com o gatinho infernal

CINE SINGULAR - O curta do dia

Fantasmas
Sinopse: O fantasma da ex.
Gênero: Ficção
Diretor: André Novais Oliveira

Elenco: Gabriel Martins, Gabriela Monteiro, Maurilio Martins
País: Brasil     Local de Produção: MG
Ficha Técnica
Co-produção: Mateus Antunes, Thiago Taves
Roteiro: André Novais Oliveira
Empresa produtora: Filmes de Plástico
Assistente de Direção: Mariana Souto
Assistente de Produção: Alessandra Veloso
Montagem: Gabriel Martins
Prêmios
 Destaque em Pesquisa de Linguagem no Festival Brasileiro de Cinema Universitário em 2010
 Melhor Experimentação de Linguagem no Perro Loco em 2010
 Melhor Experimental no Curta Cinema - Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro em 2010
 Melhor Filme no Mostra Miau em 2010
 Melhor Filme no Panorama Internacional Coisa de Cinema em 2010
 Melhor Filme no PUTZ em 2010
 Melhor Filme - Crítica no Janela Internacional de Cinema do Recife em 2010
 Melhor Filme - Júri ABD-APCI no Janela Internacional de Cinema do Recife em 2010
 Melhor Imagem no Janela Internacional de Cinema do Recife em 2010
 Melhor Montagem no NÓIA - Mostra Cearense de Vídeos Universitários em 2010
 Menção Honrosa no Mostra do Filme Livre em 2010
 Menção Honrosa - Júri Jovem Nacional no Curta Cinema - Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro em 2010
 Prêmio Aquisição Porta Curtas no Curta Cinema - Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro em 2010
 Prêmio Cachaça Cinema Clube no Festival Brasileiro de Cinema Universitário em 2010
 Prêmio Especial do Júri no Perro Loco em 2010

6 de abr. de 2012

Poder sem pudor

Lugar garantido

Era a nomeação mais óbvia da História. Após coordenar a campanha de Jânio Quadros para presidente, todos davam como certa a nomeação do coronel Virgílio Távora para o ministério. Mas os dias foram passando e convite, que era bom, nada. Távora foi direto ao assunto:
- E então, presidente, qual é o meu lugar no governo?
Jânio o abraçou, como tamanduá, e liquidou sua esperança:
- Meu velho amigo, o teu lugar é no meu coração...
(Coluna do Cláudio Humberto)

5 de abr. de 2012

Briga na Procissão


Imagine se numa encenação da Paixão de Cristo, o centurião metesse o cacete de verdade no artista que estivesse fazendo o papel de Cristo. Ficção criativa assim, só mesmo na literatura popular. Em homenagem às encenações da Paixão de Cristo, tradicionais nesta época de Páscoa, o poeta popular Chico Pedrosa, declama a Briga na Procissão, peça teatral que narra o sofrimento  de Jesus Cristo. O evento que o poeta se refere foi realizado na cidade de Palmeira das Antas.
 A peça aqui é declamada por João Paulo Melo:

100 anos de Mazzaropi

O paulista Amácio Mazzaropi, um dos ícones do cinema nacional, completaria 100 anos  no próximo dia 9. A data resgata a imagem e a memória do artista, eternizado na figura do Jeca Tatu. Para comemorar o centenário de Mazzaropi, a Cinemateca de São Paulo exibirá 12 longas que marcaram a trajetória do artista.

No filme "A Carrocinha", de 1955, Mazzaropi contracena com Adoniran Barbosa que ficou consagrado não no cinema, mas na música popular brasileira.
Vejam:

Charge - Nani


A música de Vanessa da Mata

4 de abr. de 2012

Faça o que eu digo, porém não faça o que eu faço

O senador Demóstenes Torres (GO) marcou sua trajetória no DEM defendendo a punição a colegas acusados de cometer irregularidades e apontados em esquemas de corrupção. Agora, com o nome envolvido na investigação sobre o empresário Carlinhos Cachoeira, Demóstenes se desfiliou da legenda e pode ser cassado no Senado. Confira alguns discursos e críticas que o senador fez durante sua trajetória:

(Fonte Uol)

Icaraí em ruínas

Na década de 1970, a praia do Icaraí, distrito de Caucaia, era um dos locais da orla mais aprazíveis nas proximidades de Fortaleza. Algumas dezenas de casas, um clube, a pracinha, acesso por uma via estreita ligando a Caucaia, o logradouro era ideal para férias e fins de semana. E fervilhava de visitantes.
Hoje, parece uma cidade fantasma com casas, que outrora valiam uma fortuna,  para vender ou alugar, abandonadas, depredadas, algumas são refúgios de malandros. Ora, se o chamado Icaraí novo construído mais adiante está desvalorizado, por causa do avanço do mar, imagine  as primeira casas construídas. Uma tristeza.

3 de abr. de 2012

Homenagem a Marilyn Monroe

Após 50 anos da morte de Marilyn Monroe, a editora Alfaguara reedita na Espanha e na América Latina o mítico romance da escritora Joyce Carol Oates (Nova York, 1938), "Blonde", sobre a vida da estrela de Hollywood que seduziu o mundo. Além disso, a atriz será homenageada no Festival de Cannes 2012.(Uol)


Coleção de imagens
Uma coleção de imagens da primeira sessão fotográfica de Marilyn Monroe dominou um leilão realizado nesta sexta-feira pela casa Julien's Auctions em Los Angeles, onde foram apresentados mais de 300 artigos relacionados à loira mais sedutora da história de Hollywood.

Feitiço contra o feiticeiro

Na propaganda eleitoral de 2010, o então candidato à reeleição Demóstenes Torres usava como bandeira para seus eleitores goianos (veja o vídeo abaixo) que era o relator da Lei de Ficha Limpa, na Comissão de Justiça do Senado. Durante a campanha, trombeteou a biografia higienizada como uma das marcas que o diferenciavam dos políticos convencionais.
Defensor e transgressor da ética, o senador virou alvo de feitiço, na pele de feiticeiro, depois
que começaram a aparecer enxurrada de denúncias, ligando o político ao contraventor Carlinhos Cachoeira. Agora a barra está pesada para o senador que poderá ser cassado por corrupção.

Tá na Área e Rapadura


Os integrantes do Rapadura Cearense foram agradecer a quem primeiro deu apoio ao grupo
Estive, domingo passado, na festa de lançamento e de comemoração do número 100 da revista Tá na Área, do meu amigo Pepo Melo. Publicação conceituada na imprensa que  abrange vários segmentos do esporte cearense. Dentre os presentes, me chamou a atenção o time Rapadura Cearense, formado por um grupo de anões, projeto que visa a inclusão social e no mercado de trabalho daqueles que sofrem preconceitos na sociedade. E eles foram lá festejar o lançamento do nº 100 da revista, como também agradecer a Pepo Melo, o primeiro incentivador do grupo.
Pepo Melo todo radiante com a sua Tá na Área

2 de abr. de 2012

Mestre em fotos de moda

Há quarenta anos que Patrick Demarchelier criou uma beleza em fotos de moda. É um artista de foco preciso e amante do contraste – seja o do preto-e-branco, seja o das cores fortes. Sabe extrair formas ao mesmo tempo belas e inesperadas do corpo humano. O fotógrafo francês  nascido em 1943, acaba de completar 30 anos de carreira. Ele precisou de apenas um terço desse tempo para se tornar um grande nome da moda, e hoje é um clássico vivo da fotografia em geral. Um pouco de sua arte:

O estranho sumiço de Carta Capital em Goiânia


“A fotocópia da matéria custa cinco reais, quer que eu reserve? Não tenho mais como tirar outra, porque a tinta da máquina acabou”, oferece, por telefone, a vendedora de uma revistaria de Goiânia. CartaCapital  ligava para saber se o estabelecimento ainda tinha em estoque a edição 691, que traz em sua capa reportagem sobre os laços dos negócios ilegais do bicheiro Carlinhos Cachoeira, o senador Demóstenes Torres e o governador de Goiás, Marconi Perillo, identificados pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo.
A revista, que teve acesso exclusivo ao relatório da operação da PF, recebe desde a manhã do domingo passado, inúmeras mensagens em seu portal e contas nas redes sociais Twitter e Facebook a alertar sobre a estranha dificuldade em encontrar a edição nas bancas da capital goiana.
 Com medo de quê?
A reportagem de capa, assinada pelo jornalista Leandro Fortes, aborda documentos, gravações e perícias da Operação Monte Carlo que indicam uma sinergia total entre o esquema do bicheiro, Demóstenes e o governador de Goiás, Marconi Perillo.
Uma gravação telefônica de 5 de janeiro de 2011 entre Cachoeira e seu principal auxiliar, Lenine Araújo de Souza, vulgo Baixinho, captada por agentes federais, mostra a interferência do bicheiro no governo de Perillo.
De Miami, o empresário recebe a notícia de que um de seus indicados para o governo de Goiás, identificado apenas por Caolho, foi preterido sem maiores explicações, aparentemente sem o conhecimento do governador. “Marconi, hora que souber disso (sic) vai ficar puto”, reclama o bicheiro, no telefonema a Souza. E acrescenta, a seguir: “Já mandei avisar ele (sic)”.
A reportagem também informa que Demóstenes recebeu ordem de Souza para falar diretamente com o governador – que nega envolvimento no caso – sobre o assunto.
Esta, no entanto, não foi a única interferência do bicheiro no governo de Perillo, segundo a PF. Há registro de conversas em que Cachoeira se mostra incomodado com a atuação de um coronel em Anápolis, que poderia atrapalhar os seus negócios.
Na semana passada, CartaCapital revelou que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) tinha direito a 30% da arrecadação geral do esquema de jogo clandestino comandado pelo bicheiro – e que movimentou, em seis anos, 170 milhões de reais .
Pelo Twitter, diversos usuários relataram que a edição da revista teria sido comprada em grandes lotes por indivíduos em carros sem placas, supostamente ligados ao bicheiro e a pessoas próximas dos envolvidos nas denúncias ao governador de Goiás, para evitar que a população tivesse conhecimento do caso.
(Fonte: revista Carta Capital)
Segundo relatos nas redes sociais, a edição teria sido comprada, em grande parte, logo após a abertura das bancas.

A reportagem de CartaCapital entrou em contato neste domingo, por telefone, com cerca de 30 bancas de jornal, livrarias e revistarias da capital goiana, entre as milhares que existem na cidade.

Apenas seis atenderam à ligação e confirmaram que a revista estava esgotada. Informaram também não ter vendido grande número de revistas a poucos indivíduos ou a alguém com um carro a “recolher” a publicação das bancas.

1 de abr. de 2012

1º de abril

Viúvas da ditadura
Um avião de propaganda vai circular hoje na orla carioca saudando o golpe militar de 1964.
Foi contratado pelo grupo de coronéis da reserva que também organiza os saltos de paraquedas hoje na Praia da Barra. (blog do Ancelmo Gois)

1º de abril

Só para trouxas

Todo dia é dia de trouxa: o mensalão será julgado em maio. Acertou quem lembrou que hoje é 1º. de Abril ao ler esta notícia. (Cláudio Humberto)

Manifestação contra o golpe de 1º de abril

Na tarde da última quinta-feira, manifestantes protestaram do lado de fora do Clube Militar, no centro do Rio, onde acontecia uma comemoração pelo aniversário do golpe de 1964. A polícia militar, como de costume, fez farta distribuição de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e muita truculência. Ex-militares como o tenente-coronel Lício Maciel, que participou de operações no Araguaia, e o general Nilton Cerqueira, responsável pela execução de Carlos Lamarca, foram escorraçados pelos manifestantes.(You Tube)




A voz de Lula

RUTH DE AQUINO é colunista de ÉPOCA
 "Se eu perdesse a voz, estaria morto.” A entrevista do ex-presidente ao jornal Folha de S.Paulo dá a medida do drama que Lula viveu nos últimos seis meses. É um depoimento dramático, emocionado, a seu estilo. Sobre o tratamento: “Eu vim com um tumor de 3 centímetros e de repente estava recebendo uma bomba de Hiroshima dentro de mim. Preferia entrar em coma”. Sobre a morte: “Tem gente que fala que não tem medo de morrer, mas eu tenho. Se eu souber que a morte está na China, vou para a Bolívia”.

 A voz, mais que o olhar, é fundamental para persuadir o outro, diz o psicanalista Joel Birman. “Para um líder político, a voz é ainda mais que isso. É um instrumento insubstituível para tocar as emoções, os sentimentos e os desejos do interlocutor e da massa.” Do ponto de vista simbólico e real, a perda da voz seria a perda da condição de liderança de Lula. Pelo ângulo da psicanálise, diz Birman, “perder a voz seria para Lula uma experiência de castração absoluta”. Ele se tornaria “um morto-vivo”.

 O presidente que cometeu mais gafes na história do Brasil conseguia quase sempre roubar a cena ao abrir a boca. Num palanque regional ou num congresso internacional. Para políticos administradores, de gabinete, a voz não tem esse poder, é mais acessória. Para Lula, um presidente com 80% de popularidade, é diferente. Sua voz rouca, com erros de português, metáforas de futebol e piadas do povão, era o elo com a massa, na versão do sindicalista exaltado ou do lulinha paz e amor. O Brasil teve outros oradores inflamados. Carlos Lacerda foi um deles, mas se expressava com vigor também pela escrita. Lula não. Exerce uma liderança oral.

 A maioria da população brasileira não domina a palavra escrita. O brasileiro lê em média quatro livros por ano – e não todos por inteiro. Num país assim, a voz é hipervalorizada como capital político. “A fala é todo-poderosa num país com tantas carências na educação. Vivemos, entre aspas, um analfabetismo nacional”, diz Birman.

 Fiquei feliz com a ausência de tumor e o início da recuperação de Lula – como, imagino, se sentiram todos os homens e mulheres de boa vontade. Fernando Henrique Cardoso o visitou, em ato humano e de solidariedade, muito acima das divergências comezinhas, ideológicas e políticas. Para o Brasil das patrulhas burras e estreitas, é instrutivo ver Lula e FHC num aperto de mãos com sorrisos(Leia mais em Opinião - só para assinantes).

 O presidente que cometeu mais gafes no Brasil conseguia quase sempre roubar a cena ao abrir a boca 

 Uma de minhas colunas, em 2010, era dirigida a Lula. O título perguntava: “Por que não te calas?”. Traduzia meu incômodo com sua mania de tratar ditaduras de esquerda com mais benevolência que ditaduras de direita. Em visita a Cuba, Lula dissera, sobre os presos políticos dos irmãos Castro: “A greve de fome não pode ser utilizada como pretexto de direitos humanos para liberar as pessoas. Imagine se todos os bandidos presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade”.

 Quando Lula adoeceu e ficou ameaçado de perder a voz, calando-se para sempre, o país ficou triste. Eu também. O silêncio que eu pedira ao então presidente era apenas o comedimento, o respeito a seus princípios. A maior gafe verbal de seu governo foi a defesa atabalhoada que fez de José Sarney, que “não poderia ser julgado como homem comum”. Logo Lula, o líder das pessoas comuns.
Lula sempre falou demais. E, por vezes, renegou seu passado de luta pela liberdade em nome do pragmatismo. Acusado de incoerência ao defender com paixão a volta da CPMF, imposto que chamara de roubo quando estava na oposição, Lula admitiu que era, sim, uma “metamorfose ambulante”. Em outros momentos, apoiei a verve abrasiva de Lula. No Nordeste, em comício, ele prometeu saneamento básico para “tirar o povo da ‘m...’”. Essa é uma boa luta.

É uma boa notícia para todos que Lula tenha recuperado a voz e se sinta curado. Principalmente para Fernando Haddad, mais mudo sadio que Lula doente. Lula disse que sua maior felicidade será o dia em que puder “comer pão com aquela casca dura”. Mas será feliz mesmo quando convencer Marta Suplicy a entrar na campanha de Haddad para a prefeitura de São Paulo.

A voz de Lula me lembrou um clássico do jornalista Gay Talese: o perfil de Frank Sinatra, escrito para a Esquire. “Sinatra resfriado é Picasso sem tinta, Ferrari sem combustível – só que pior. Porque despoja Sinatra de uma joia que não dá para pôr no seguro – a voz dele.” Em Sinatra, a falta da voz “mina as bases de sua confiança e afeta não apenas seu estado psicológico, mas parece provocar uma contaminação psicossomática que alcança dezenas de pessoas que trabalham para ele, bebem com ele, gostam dele, pessoas cujo bem-estar e estabilidade dependem dele.” Se substituirmos Sinatra por Lula, o texto de Gay Talese se torna brasileiro e atual.