7 de ago. de 2010


E que debate?

No primeiro debate entre os presidenciáveis, a Band, em vez de aumentar a audiência, perdeu pontos e despencou para o quarto lugar, no horário.
Tinha mais era que perder, pois aquilo nunca foi debate, apresentando os candidatos inseguros, nervosos, repetindo textos decorados e tímidos diante dos adversários. Tudo muito arrumadinho pelos marqueteiros dos candidatos. E quem melhor interpretou a situação foi o chargista Maurício Ricardo, antes do tal debate.

Martinho da Vila:

"A censura trouxe sucesso para alguns artistas”

Dizem que não se faz mais sambas como antigamente. Mas numa conversa com Martinho da Vila se pode constatar que o que não se faz são sambistas como antes. Aos 72 anos, sendo mais de 40 de carreira, um dos mais populares compositores e cantores de samba não foge de polêmicas. Sobre o período da ditadura militar, por exemplo, lembra que fez propaganda para o alistamento de jovens. “Me usaram mesmo”, afirma. Agora, virou protagonista do documentário Filosofia de Vida - O Pequeno Burguês, que acaba de ser lançado em DVD pela MZA Music.

De origem humilde, nasceu pobre, cresceu no morro e tentou a sorte no Exército. Foram 13 anos servindo às Forças Armadas, no período em que o País vivia suas páginas mais dramáticas. “Nenhuma vez tive vergonha de estar lá, nem no período da ditadura. Quando vejo o ser humano fazer uma coisa terrível, fico com vergonha é do ser humano”, diz ao iG. Sobre a censura e perseguição à liberdade de imprensa, o cantor acredita que também houve quem se beneficiou desta fase. “Tem artistas que produzem mais na adversidade. Criou-se, na época, um grupo de artistas de protesto, que só fizeram sucesso naquele período. A censura trouxe sucesso para alguns. Teve quem ficou apenas nas canções de protesto, viveu da censura”, afirma.

Presidente de honra da Vila Isabel, escola que em abril teve o presidente preso, acusado de ligação com a máfia das máquinas de caça-níquel, Martinho fala também de como é difícil gerir uma agremiação do carnaval. “É muito difícil ser presidente. Você lida com polícia, bandido, comunidade, imprensa, artista... É mais light ser secretário de Saúde do Rio do que ser presidente de escola de samba”, compara.

Autor de sambas populares como “Mulheres”, “Devagar, Devagarinho”, Martinho hoje se diz comunista e aposentado da tarefa de fazer sambas-enredo. Pelo menos enquanto os enredos forem patrocinados. “Não dá para compor uma letra sobre o cabelo”, ironiza ele, a respeito do tema que sua escola adotou para o próximo carnaval. Martinho é sambista à moda antiga.

iG: O pesquisador musical Sergio Cabral diz, no documentário, que “se tivesse que reduzir o Brasil que dá certo a um único ser humano, este seria Martinho da Vila”. É muita responsabilidade, não?

MARTINHO: Eu vou ter que ser bom caráter a vida inteira (risos). Por causa desta frase do Cabral, que é muito meu amigo, não vou nem poder fazer um mau-caratismozinho de leve (risos).

iG: O documentário tem o mesmo nome de uma música sua, “O Pequeno Burguês”. A letra “Morei no subúrbio/ Andei de trem atrasado/ Do trabalho ia pra aula/ Sem jantar e bem cansado” é autobiográfica?
MARTINHO: Morei em favela, fui criado no morro, mas não é sobre mim. Ela foi feita para um amigo do Exército, que não teria nos convidado para sua formatura. Depois, ficamos sabendo que ele não teve dinheiro para bancar a formatura. Ele não tinha nem terno para o baile.

iG: Você serviu por 14 anos ao Exército. É a favor do serviço militar obrigatório?
MARTINHO: Sou, sabe por quê? As Forças Armadas são o único lugar que nivela todo mundo igualmente, por baixo. Quem foi criado no azeite e no mel vai ter que comer a mesma comida, fazer faxina, levar broncas, acordar no mesmo horário que todos os demais. O que sobra de melhor é a disciplina.

iG: Você serviu de 1956 a 1970, pegando o período mais tenso da ditadura militar. Como via a repressão e a perseguição aos artistas?
MARTINHO: Eu servia na Diretoria Geral de Engenharia e Comunicações, no Centro do Rio, onde todo o projeto foi moldado. Em 1964, quando estourou o golpe, fui trabalhar e não me deixaram entrar. Tinha muita Polícia do Exército. Mandaram voltar no dia seguinte. Tinha lista dos subversivos, dos que eram simpáticos ao regime e dos indecisos. Eu estava nesta terceira. Depois de uns quatro dias, mandaram eu voltar a trabalhar normalmente.

iG: Sabia da censura?
MARTINHO: Fui militar de gabinete, minha função era burocrata. Mas eu sabia, ainda que tivesse muito soldado isolado nos quartéis, que não faziam ideia do que acontecia... A grande parte dos artistas que está aqui hoje surgiu naquele período. Tem artistas que produzem mais na adversidade. Criou-se, na época, um grupo de artistas de protesto, que só fizeram sucesso naquele período.

"Tem artistas que produzem mais na adversidade. Criou-se, na época (da ditadura militar), um grupo de artistas de protesto"

iG: Neste sentido, a censura foi boa para alguns grupos de artistas?
MARTINHO: Sim, ela trouxe sucesso para alguns. Mas o artista que permaneceu além daquela fase é porque era talentoso. Alguns, como um compositor de samba-enredo, não sabem fazer outra coisa. Teve quem ficou apenas nas canções de protesto, viveu da censura.

iG: Em algum momento você sentiu vergonha de ser militar?
MARTINHO: Nenhuma vez, nem no período da ditadura. Quando vejo o ser humano fazer uma coisa terrível, fico com vergonha do ser humano. De forma geral, todos deviam servir ao Exército. Não podiam fazer comigo o que fizeram com Caetano e Gil, porque eu era extremante popular. Minha popularidade era mais abrangente. Quando pedi baixa, tive que negociar. Militar é proibido pelo regulamento de ter outra função, ainda mais se esta função é ser artista. Em troca da baixa, eu seria usado como propaganda favorável do regime. Fiz propaganda para o alistamento dos jovens. Me usaram mesmo.

iG: Você é a favor do pagamento de indenizações a ex-presos políticos?
MARTINHO: Você está me fazendo perguntas muito complicadas. Aconteceram excessos mas, para chegar onde estamos hoje, houve a anistia geral. O mais lógico seria te responder que sou favorável, que é a tendência mundial. Mas há casos que são passado, não tem jeito. É o mesmo que pedir para se indenizar todos descendentes de negros, eu inclusive, que sofreram com a escravatura.

iG: Como o comunismo entrou em sua vida?
MARTINHO: Nunca tive ideologias. Por origem, vim de família getulista. Quando entrei para vida artística, fui a Angola, que estava em processo de independência. No Brasil, não se falava em África, ninguém sabia o que estava se passando com os países africanos. Era como se fosse um continente inexistente. Vivenciando a realidade de lá, comecei a me interessar pela doutrina pregada pela antiga União Soviética, que era quem estava apoiando as guerras pela independência.

iG: Você se candidatou há pouco tempo a uma vaga na ABL. Por que decidiu tentar ser “imortal”?
MARTINHO: Sou mais de ação do que de palavras. A Academia é elitista. Tirando Machado de Assis, o fundador, tivemos mais uns dois ou três negros

Foto: Léo Ramos

São 72 anos, sendo mais de 40 de carreira

acadêmicos neste tempo todo. Não era um projeto de vida meu ser acadêmico, não tenho necessidade disso. Minha candidatura foi mais uma atitude para provocar a discussão da inclusão social do negro.

iG: Houve alguma rejeição ao seu nome, pelo fato de não ter recebido nenhum voto?
MARTINHO: Fui incentivado a me candidatar pelos próprios acadêmicos. Quando se está lá dentro é que a gente entende o jogo da eleição. Eles já sabem quem vai ser o próximo a ser eleito, mas precisam que haja candidatos que tragam mídia, que coloquem e depois tirem a candidatura... Geralmente elegem quem perdeu ou tirou a candidatura num momento anterior. Mas não tenho mágoa deles.

iG: As UPP’s (Unidades de Polícia Pacificadora) chegaram recentemente em morros próximos à Vila Isabel, na zona norte. O que pensa sobre isso?
MARTINHO: Hoje sou favorável. Eu morei em favela, era muito contrário a isso. Favelado tem medo de duas coisas: de polícia e de invasão de outras facções criminosas. O que está sendo feito agora deveria já ter sido feito antes. Agora, não está sendo feito como deveria ser. É preciso tomar o morro e levar junto defensoria pública, hospital, escola...

iG: Pensa em voltar a compor para sua escola de samba?
MARTINHO: Digo que não e, quando chega perto do carnaval, já estou envolvido no clima da avenida. Hoje, digo que não vou mais fazer. Mas pode ser que um enredo em algum momento me atraia...

iG: A Vila vai fazer, no próximo carnaval, um desfile sobre o cabelo. Você é a favor desse tipo de enredo?
MARTINHO: Não, não, não. Isso me entristece como sambista. Dá para fazer um desfile só com o dinheiro que vem da prefeitura e dos ensaios de quadra. Com três milhões e pouco, sem patrocínio, se faz um carnaval. Não tem a menor chance de eu compor um samba sobre cabelo (risos). Não tem assunto, né?

iG: O presidente da Vila, Wilson Vieira Alves, foi preso em abril, acusado de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis. As escolas de samba precisam de um "choque de ordem"?
MARTINHO: Não. Conheço profundamente uma escola de samba a ponto de falar que é muito difícil ser presidente, porque você lida com polícia, bandido, comunidade, imprensa, artista... É mais light ser secretário de saúde do Rio do que ser presidente de escola de samba.

iG: Uma escola de samba, hoje, sobrevive sem ligação com bicheiros?
MARTINHO: Completamente. Os bicheiros foram fundamentais num período da história das escolas de samba, antes delas serem subsidiadas pelo governo. Hoje não há necessidade alguma disso. A Liesa (Liga das Escolas de Samba) pode ser presidida por qualquer pessoa com muita liderança e capacidade administrativa.

Entrevista publicada no portal IG

6 de ago. de 2010


Cemitério de candidatos

Existe um muro, na Av. Governador Virgílio Távora, entre a Av. Santos Dumont e a Rua Des. Leite Albuquerque, que cronistas políticos da terrinha batizaram de Cemitério de Candidatos. O epíteto em questão faz jus a postulantes a cargos públicos, no executivo, pertencentes aos quadros do PSDB ou apoiados pelo partido. Todos que tiveram a propaganda eleitoral para prefeito estampada no citado muro, naufragaram nas urnas: Antônio Cambraia, Assis Machado, Socorro França e Patrícia Saboya.

O nome da vez que está pintado lá, nesta atual campanha eleitoral, é o do candidato Marcos Cals. Será que a cova será aberta mais uma vez?

Tributo a Ayrton Senna


Adoniran Barbosa – 100 anos

Se vivo fosse João Rubinato, ou melhor Adoniran Barbosa, estaria comemorando, hoje (dia seis), o seu aniversário de 100 anos. Autor de sambas que estão na galeria dos melhores na Música Popular Brasileira, com o Samba do Ernesto, Trem das Onze, Saudosa Maloca e outras obras primas, Adoniran também tem uma faceta artística pouco conhecida: ator de cinema. Fez com Mazzaropi ( Candinho, A Carrocinha), porém seu melhor desempenho aconteceu no filme O Cangaceiro, de Lima Barreto (vejam o vídeo), em 1953. O artista também foi humorista de programas de rádio. Faleceu em São Paulo, em 23 de novembro de 1982, aos 72 anos de idade. E seu corpo está enterrado no Cemitério da Paz, no Morumbi, na capital paulista.


A arte transformadora

de Vik Muniz

Ele é um dos homenageados do prêmio Trip – Transformadores. Radicado em Nova York, o artista plástico paulistano Vik Muniz tem agora a sua obra numa dimensão mais abrangente e divulgada para o grande público. A sua série Imagens de Lixo inspirou a abertura da novela Passione, da Globo, que mostra três instalações do artista feitas de reciclagem de lixo (vejam no vídeo acima).

Além do valor da sua arte, Vik Muniz foi homenageado pela revista Trip pelo trabalho social que realiza, sempre que volta ao Brasil, desenvolvendo projetos com renda totalmente revertida para atividades sociais. Muniz, que tem obras espalhadas pelo mundo, também é fundador do Instituto Espacial que dá aulas para jovens, no Rio de Janeiro.



4 de ago. de 2010

Um automóvel chic

O Willys Itamaraty Executivo foi o primeiro automóvel, no Brasil, a oferecer som e ar condicionado aos passageiros. Em 1967, a Willys Overland do Brasil lançava o Willys Executivo, um carro de luxo estilo limusine derivado do Willys Itamaraty com distância entre eixos alongado em 71cm proporcionando mais espaço para os 5 passageiros nos bancos de trás. O eixo cardan mais comprido é em duas metades e possui uma cruzeta adicional no meio. Tinha muitos itens de conforto como bancos de couro, ar condicionado com regulagem do ventilador, "reprodutor estereofônico de fitas", rádio, luzes de leitura, acendedor de cigarro traseiro, e vidro separador do motorista com acionamento elétrico. Foi um carro produzido em quantidade limitada (27 no total sendo 2 protótipos e 25 de produção)

Reprodução da matéria que fiz com o jovem palhaço ainda desconhecido do público

Tiririca para deputado

Postei, e já faz um bom tempo, uma matéria que fiz há mais de 25 anos com o palhaço Francisco Everardo Oliveira, que naquela época inicio de carreira ainda não era conhecido como Tiririca (vejam reprodução da página do jornal). Pois não é que o danado, que ficou famoso no Brasil na década de 90 com o hit Florentina, agora quer ser deputado federal por São Paulo. O slogan da campanha: “Tiririca, pior que tá não fica”. Tiririca é candidato pelo, PR, partido que surgiu em 2006 da união do PL com o Prona.

Em entrevista, Tiririca afirmou que quer “ajudar os menos favorecidos e as crianças também” e que a família de Florentina que mora em São Paulo deve votar nele. “Vou ter muito voto por protesto, mas também vai de pessoas que se identificam com a minha história. São Paulo tem muitos nordestinos”, disse.

Tiririca cantando o seu hit maior:




João Cândido comandou melhor os encouraçados do que os oficiais

Até no andar, o revolucionário tinha um jeito de líder

O encouraçado Minas Gerais era um dos navios mais potentes do mundo. Foi vendido, anos depois, como sucata
Finalmente, 98 anos depois, o governo reconheceu o heroísmo do Almirante Negro

Revolta da Chibata -100 anos depois

"Para as faltas leves, prisão a ferro na solitária, por um a cinco dias, a pão e água; faltas leves repetidas, idem, por seis dias, no mínimo; faltas graves, vinte e cinco chibatadas, no mínimo”. Neste ano, completa 100 anos que os castigos acima citados deixaram de ser aplicados pela Marinha do Brasil aos seus marinheiros. Entre os dias 22 e 27 de novembro de 1910, liderados por João Cândido Felisberto, mais de dois mil marinheiros rebeleram-se contra a aplicação dos castigos físicos a eles impostos como punição. Nos seis dias do movimento militar, conhecido com a Revolta da Chibata, seis oficiais foram mortos, entre eles o comandante do encouraçado Minas Gerais, João Batista das Neves.

Em 1910, o militar Hermes da Fonseca foi eleito para a presidência. Nessa época, o Brasil era a terceira maior potência naval do mundo. Embora a escravidão já tivesse terminado havia algumas décadas, os trabalhadores dos navios eram em sua maioria negros que recebiam constantemente punições corporais, como se as péssimas condições a que se submetiam já não fossem suficientes. O uso da chibata já fora proibida em um dos primeiros atos do regime republicano, mas continuava sendo usado ilegalmente pelos oficiais. O marinheiro João Cândido Felisberto, analfabeto e filho de escravos, organizava uma revolta que pusesse fim à humilhação quando uma seção de tortura particularmente cruel apressou seus planos. Oficiais e comandantes são mortos, seis navios estão tomados pelos marinheiros e cerca de oitenta canhões apontados para o Palácio do Governo no Rio de Janeiro, ameaçando a cidade e o poder do presidente recém eleito. O episódio ficou conhecido como a Revolta da Chibata, que até atingiu seus objetivos, mas recebeu a resposta do governo logo depois com a perseguição desenfreada aos marinheiros. Somente João Cândido e João Avelino sobreviveram à prisão. Cândido, o líder, acabou internado em um hospício e morreu de câncer, esquecido pelo mundo, em 1969. Somente em 2008 é que João Cândido foi anistiado pelo governo.

E foi dessa história que surgiu a canção O Mestre-sala dos mares, inicialmente intitulada Almirante Negro, de autoria de João Bosco e Aldir Blanc, que foi censurada pela ditadura militar, em 1974. Vejam abaixo a letra original e logo em seguida a composição alterada pela censura e cantada por Elis Regina.

O Mestre Sala dos Mares

(João Bosco / Aldir Blanc)

(letra original sem censura)

Há muito tempo nas águas da Guanabara

O dragão do mar reapareceu

Na figura de um bravo marinheiro

A quem a história não esqueceu

Conhecido como o almirante negro

Tinha a dignidade de um mestre sala

E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas

Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas

Jovens polacas e por batalhões de mulatas

Rubras cascatas jorravam das costas

dos negros pelas pontas das chibatas

Inundando o coração de toda tripulação

Que a exemplo do marinheiro gritava então

Glória aos piratas, às mulatas, às sereias

Glória à farofa, à cachaça, às baleias

Glória a todas as lutas inglórias

Que através da nossa história

Não esquecemos jamais

Salve o almirante negro

Que tem por monumento

As pedras pisadas do cais

Mas faz muito tempo

O Mestre Sala dos Mares

(João Bosco / Aldir Blanc)

(letra após censura durante a ditadura militar)

Há muito tempo nas águas da Guanabara

O dragão do mar reapareceu

Na figura de um bravo feiticeiro

A quem a história não esqueceu

Conhecido como o navegante negro

Tinha a dignidade de um mestre sala

E ao acenar pelo mar na alegria das regatas

Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas

Jovens polacas e por batalhões de mulatas

Rubras cascatas jorravam das costas

dos santos entre cantos e chibatas

Inundando o coração do pessoal do porão

Que a exemplo do feiticeiro gritava então

Glória aos piratas, às mulatas, às sereias

Glória à farofa, à cachaça, às baleias

Glória a todas as lutas inglórias

Que através da nossa história

Não esquecemos jamais

Salve o navegante negro

Que tem por monumento

As pedras pisadas do cais

Mas faz muito tempo



Charge - Amarildo

2 de ago. de 2010








VAZAMENTO -1

Fotos chocantes e criativas, de James Fulton, contra o vazamento de pretróleo no Golfo do México. O trabalho foi publicado no site canadense Trend Hunter Magazine, especializado em publicidade, que fez uma seleção dos 40 melhores virais em resposta ao vazamento do Golfo do México. Segundo o site “de forma ativista para sessões de fotos chocantes, essa forma de expressão viral nos permite lidar com a raiva, mágoa e frustração através da arte”.

Manifesto do fotógrafo de James Fulton

Somos todos responsáveis por ter um padrão de vida que demanda o uso de energia não sustentáveis. Nós também somos responsáveis por encontrar soluções e devemos trabalhar juntos para proteger o equilíbrio da vida".

VAZAMENTO -2

O vídeo faz um paralelo de como o vazamento de petróleo impacta as nossas vidas.

Produzido e dirigido por Brian J. Singer. Co produzido por Scott Kradolfer, Brian Lipscombe and Amy Soule. Estrelando Sara Collins e com ajuda de Glen Shimada.



Tem trepador

novo no pedaço

A mais nova espécie de ave brasileira tem um nome invocado: Trepadorzinho. O dito cujo é da família do joão-de-barro e foi descoberto nas serras do sul da Bahia. Ornitólogos da USP e do Rio de Janeiro debatem um nome científico para o passarinho. Exemplares também foram vistos na Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra Bonita, em Camacan (BA). Ali, com recursos da Fundação O Boticário, além do tal trepador, registraram-se mais 240 espécies de aves, inclusive o ameaçado gavião-real.

ESTREIAS


Meu malvado favorito conta a história de Gru (Steve Carell), um supervilão que duela com Vector (Jason Segel) para ter o posto de o mais malvado. Para vencer a disputa, ele decide roubar a Lua. Só que terá que enfrentar três órfãs, que estão sob os seus cuidados e não podem ser abandonadas. Próxima sexta nos cinemas.

Cabeça a Prêmio, baseado no livro de Marçal Aquino,é a estreia do ator Marco Ricca na direção O filme é ambientado na fronteira entre Brasil, Paraguai e Bolívia e mostra a história dos irmãos Miro (Fúlvio Stefanini) e Abílio (Otávio Muller), prósperos pecuaristas do centro-oeste brasileiro, que também controlam uma pequena rede de negócios ilícitos.

Porém, os interesses dos irmãos começam a se distanciar quando Miro, que tem uma forte relação afetiva com a filha, Elaine (Alice Braga) decide mudar os rumos dos negócios. Elaine se envolve com o piloto da família (Daniel Hendler), fazendo com que as histórias desses personagens se cruzem em meio à paisagem desoladora da fronteira.

O elenco ainda conta com Cássio Gabus Mendes e Eduardo Moscovis.

Estreia nesta sexta-feira.

LANÇAMENTO

Cena do esplêndido e nostálgico A Era do Rádio. A voz de Carmen Miranda interpretando South American Way

A coleção Wood Allen, em DVD, reúne vinte títulos e oferece um panorama básico da carreira Allen. Nesta coleção, estão grandes sucessos do diretor: Melinda e Melinda; A Era do Rádio; Broadway Danny Rose; Memórias; Zelig; Sonhos Eróticos de Uma Noite de Verão; Interiores; A Outra; Noivo Neurótico, Noiva Nervosa; Tudo O Que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo mas Tinha Medo de Perguntar; Manhattan; A Última Noite de Boris Grushenko; Bananas; A Rosa Púrpura do Cairo; Crimes E Pecados; Dorminhoco; Hannah E Suas Irmãs; Simplesmente Alice; Neblina e Sombras; Setembro.

É lamentável que ficaram de fora obras primas como Match Point e Vicky Cristina Barcelona.

1 de ago. de 2010


Admirando nuvens

Quando criança, eu ficava horas e horas, olhando para o céu, em busca de formações das nuvens. Ora surgia um cachorro, depois uma espinha de peixe... E até tinha aposta entre nós observadores para saber quem descobria mais figuras no conjunto de partículas formado no firmamento. E esse hábito, venho mantendo de quando em vez.
Pois não é , que ontem fotografei belíssimas formações, lá no hotel Fazenda, no município de Guaiuba.
Vale dizer que existe, na Inglaterra a Cloud Apreciation Society (Sociedade de Admiração das Nuvens). São 19.180 membros da entidade que se espalham por 77 países (37 brasileiros).

Bombou na web
nesta semana

A Copa do Mundo acabou, a vuvuzela (finalmente) calou-se e o polvo anunciou aposentadoria. Mas, pelo menos na internet, o futebol ainda é estrela. Na semana passada, o vídeo mais visto do mundo foi o de uma comemoração inusitada dos jogadores do Stjarnan, time da primeira divisão do futebol da Islândia. Depois de um gol de pênalti – cobrado com “cavadinha”, como o uruguaio Loco Abreu fez na Copa –, o jogador recusou os abraços e simulou com as mãos uma vara de pescar. Do meio de campo, surge um colega de time se debatendo no chão, como um peixe depois de ser fisgado. O “peixe” acabou erguido pelos companheiros, em pose para uma foto. Teve 6,5 milhões de acessos.






Quem acha que Gene Simmons, vocalista da banda de rock Kiss, tem a maior língua do mundo precisa conhecer o jovem Nick. Ele demonstra em vídeo que consegue encostar a língua no cotovelo e (acredite) nos próprios olhos. A bizarrice foi vista 200 mil vezes.


O video hilário acima mostra um grupo de fãs perseguindo o cantor canadense Justin Bieber. O astro tenta fugir com seu Segway, mas o veículo não é tão rápido quanto a multidão de fãs adolescentes. No fim, todos se salvam.


Fonte: revista Época