23 de abr. de 2010

DEU NO COMUNIQUE-SE

Jornalista do Ceará é multada
por propaganda eleitoral antecipada

A jornalista Regina Lúcia Meyer Marshall e a editora Verdes Mares, responsável pelo jornal Diário do Nordeste, foram condenados a pagarem multa por prática de propaganda eleitoral antecipada. A decisão é do Tribunal Regional do Ceará, que aceitou denúncia do Ministério Público Estadual.

O motivo da condenação é um texto publicado na coluna “Circulando”, publicado no dia 24/03, no qual a colunista cita uma pesquisa ainda não divulgada e afirma que o pré-candidato ao Senado Tasso Jereissati (PSDB) está à frente dos outros concorrentes.

“Haja suor! Em pesquisa ainda não divulgada, Tasso Jereissati aparece muito na frente como candidato ao Senado. Pelo que está nas pesquisas, Pimentel e Eunício vão ter que trabalhar muito para conseguir a eleição", escreveu a colunista.

Para o juiz João Luiz Nogueira Matias, a nota possui “comentários extremamente favoráveis a um dos candidatos”.

“Tal conduta, em minha convicção, caracteriza antecipação de propaganda eleitoral, nos moldes do que vem decidindo o Tribunal Superior Eleitoral, que caracteriza como propaganda antecipada a conduta que ‘levar ao conhecimento geral, ainda que de forma dissimulada, a conduta, a ação política ou as razões que levam a inferir que o beneficiário seja o mais apto para a função pública’”.


Livro bombástico sobre

Freddie Mercury

Ele era uma explosão no palco, arrebatando multidões, num frenesi de um verdadeiro gigante capaz de dominar um estádio lotado. Na vida particular, Freddie Mercury vivia outra explosão: a do sexo. No ano que vem, vão ser lembrados os 20 anos da morte do artista do Queen, que morreu vítima de Aids. E as “comemorações” já começam a acontecer: o jornalista e escritor francês Selim Rauer acaba de lançar um livro bombástico sobre a intimidade do cantor.

Jim Hutton, que foi amante de Mercury por quase dez anos e esteve com ele até os últimos dias, escreveu há algum tempo uma obra bem detalhada sobre a vida do artista. O livro do francês vai mais longe e detalha a vida desregrada de Mercury. Segundo o autor, ele tinha um amante a cada dia e sexo e drogas eram os combustíveis.

Rauer fala, por exemplo, da passagem do artista, no Rio de Janeiro, em 1985, quando veio tocar no Rock in Rio. Hospedado no Copacabana Palace, ele escolhia garotos bonitos, a dedo, para as suas orgias.

Em entrevista à revista Rolling Stone, o autor do livro disse que Mercury era um hedonista ao extremo. Mas não era um exibicionista sexual. Ele podia viver no excesso dentro de quatro paredes, mas não queria chocar as pessoas. “Ele era um homem, que acima de tudo guardava com ferocidade sua vida pessoal e a das pessoas que conviviam com ele. Tanto que muitos detalhes íntimos só vieram à tona agora, muitos anos depois de sua morte”.

Vejam, no vídeo abaixo, uma entrevista “antológica”, na qual ele tirou o maior sarro da jornalista Glória Maria, em 1985, durante o Rock in Rio:



Aquela soneca

No último domingo, dia 18, o Papa Bento XVI foi flagrado, em Malta, na Europa, tirando aquela soneca...e parece que sono da santidade estava pesado, pois foi preciso uma leve cutucada de seu assessor.



22 de abr. de 2010

Noite histórica na MPB

O ano de 1967 mudou a história da Música Popular Brasileira. Naquela data aconteceu o III Festival da Música Popular (TV Record) e reuniu Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Os Mutantes, Roberto Carlos, Sérgio Ricardo e outros artistas que moldariam a música brasileira nos anos seguintes. É esse ponto importante que o documentário Uma Noite em 67 pretende esmiuçar.

Ovos raspando os narizes do júri, artistas surtando, público enlouquecido, improviso da equipe técnica, tentando fazer o melhor possível. E muitas vaias...Algo de novo estava acontecendo ali.

O filme, dirigido por Ricardo Calil e Renato Terra, vai estrear ainda neste mês, no Festival É tudo Verdade, em São Paulo. Após o Festival, o filme deve estrear no circuito nacional.

Enquanto o filme não vem, vamos ver o trailer:


21 de abr. de 2010

Brasília - meio século
Uma braziliense

Oscar Niemeyer produziu a capa do disco

Brasília – meio século (I)

Sinfonia da Alvorada

Com capa de Oscar Niemeyer, música de Antonio Carlos Jobim (que também regeu a orquestra sinfônica) e poesia de Vinicius de Moraes foi gravado em novembro de 1960, no estúdio da Colúmbia, no Rio de Janeiro, o disco Brasília – Sinfonia da Alvorada. A Sinfonia da Alvorada, que mais tarde ficou sendo conhecida como Sinfonia de Brasília, foi encomendada a Vinicius e Tom pelo presidente Juscelino Kubitschek desde fevereiro de 1958, mas o trabalho da dupla foi adiado por causa de protestos contra a construção da cidade, originados principalmente nas áreas de oposição ao governo.Mais tarde, Juscelino reiterou o convite através do arquiteto Oscar Niemeyer, que transmitiu a Vinicius a vontade do presidente de ter a Sinfonia pronta antes de 21 de abril de 1960, dia marcado para a mudança da capital.A convite de Juscelino, Tom e Vinicius passaram uma temporada em Brasília, para conhecer o local onde a cidade estava sendo construída.

Mas Brasília foi inaugurada sem a Sinfonia, e um espetáculo de luz e som planejado para 7 de setembro de 1960, quando a Sinfonia seria finalmente apresentada, também não aconteceu, por causa dos altos custos apresentados pela empresa francesa Clemançon, que proveria o equipamento e a tecnologia para o evento. A Sinfonia da Alvorada foi apresentada em primeira audição em 1966, na TV Excelsior de S. Paulo. Uma segunda apresentação deu-se na Praça dos Três Poderes em Brasília em 1986, com regência de Alceu Bocchino, e Radamés Gnattali ao piano.

Na gravação do disco, Vinicius de Moraes recitou trecho da sua poesia:



Brasília – meio século (II)

Sinfonia da Alvorada -

texto de Vinicius de Moraes

para a capa do LP

A idéia de escrevermos uma Sinfonia celebrando Brasília não é nova. Em fevereiro de l958, eu acidentado num hospital de Petrópolis, conversei pela primeira vez com Antonio Carlos Jobim sôbre o assunto. Ainda no correr dêsse mesmo ano, alguns dos temas musicais aqui constantes já haviam sido compostos pelo jóvem Maestro.

Houve logo, é claro, quem falasse em obra "encomendada" e outras tolices do gênero, o que feriu certas suscetibilidades de Jobim. E a tarefa ficou postergada para dias mais inteligentes. Até que, de volta do meu pôsto em Montevidéu, em junho de l960, recebi uma telefonada de Brasília. Induzido por êsse querido amigo que é Oscar Niemeyer, o Presidente Kubitschek, também um velho amigo, convidava-nos para criar, com os técnicos da firma francesa "Clemançon", especializada na matéria , um espetáculo "Son et Lumière" para a Praça dos Três Poderes, à maneira dos que são feitos nos principais castelos francêses e em vários outros grandes monumentos do mundo, como a Acrópole, as Pirâmides e tantos mais, para fins de atração turística.

Era a oportunidade. Brasília já deixara de ser um sonho para transformar-se numa realidade de âmbito mundial. A cidade empreendida por Kubitschek e criada por Niemeyer sôbre o plano-pilôto de Lúcio Costa, outro grande e caro amigo, erguia suas brancas e puras empenas nas antigas solidões do planalto central de Goiás, em extensões apascentadas pela vetustez da terra e pela proximidade do infinito, numa paisagem de oxigênio, silêncio e saudade das origens. O lugar mais antigo da terra, como gosta de dizer Jobim, povoava-se ràpidamente; e malgrado as pragas de um grupo de ressentidos, os que preferem governar o país nas proximidades das buates, a cidade crescia num ritmo alegre de trabalho e confiança, com turmas a se revezarem de sol a sol . De nada valia o pio das aves de mau agouro da imprensa e de alhures, contra o ímpeto maravilhoso do trabalhador brasileiro, que acorreu de todos os cantos do país, sobretudo do Norte, para erguer aquelas estruturas adiante do Tempo e para coabitar pacìficamente numa "cidade-livre" levantada do dia para a noite com restos de material de construção: uma autêntica cidade de "far-west", só que sem os tiros e bandidos do cinema.

Esboçado o plano da obra, partimos para Brasília afim de estruturar temas e poemas em contato humano com a cidade. Hóspedes do "Catetinho", hoje tombado como monumento histórico, olhávamos de nossa sala-de-trabalho - a mesma em que o Presidente Kubitschek assinou seus primeiros atos na nova capital - a silhueta quase sobrenatural da cidade na linha extrema do horizonte, recortada contra auroras e poentes de indizível beleza. De madrugada, enquanto víamos congelar-se no ar frio o jato ascencional do Boeing-707, escutávamos tambem o piar das perdizes e dos jaós, entre as surdas rajadas intermitentes do vento do altiplano.Havia em nós essa tristeza que nasce da beleza, e pavilhávamos os capões de mato com a sensação do irremediável do tempo. Jobim, caçador experimentado e velho piador de pássaros, arremetia mais longe do que eu. Eu voltava, a partir do lindo ôlho dágua do pequeno bosque, para os meus intermináveis passeios na alpendrada do "Catetinho", onde ficava a pensar o texto da Sinfonia e a esperar a comida simples e gostosa que nos dava "a patrôa" de Luciano, o caseiro: o mais antigo funcionário de Brasília. Apraz-me dizer nunca ouvi, ao longo das horas em que Antonio Carlos Jobim mergulhava no mato, um só tiro pertubar o silêncio das velhas planuras. É minha impressão que o músico perdeu a coragem de chumbar seus coleguinhas alados, mesmo quando constituam ótimo comestível, como é o caso das perdizes.

Dez dias ficamos assim no "Catetinho", nesse dolce far niente de fazer uma Sinfonia, com sentinela à porta, pois a princípio os numerosos turistas punham sempre o nariz na vidraça para constatar como íamos de trabalho. De vez em quando dávamos um pulo à cidade para ver os amigos Oscar Niemeyer, José (Juca) Ferreira de Castro Chaves, João Milton Prates - os bravos pioneiros de Brasília, os homens que, com o Presidente Kubitschek, primeiro puseram o pé no planalto. João Milton Prates, herói da FAB, antigo pilôto e amigo de JK, grande e bom amigo nosso, êsse vinha sempre nos ver, com vitualhas e licores, e tomava pela obra em progresso um interêsse quase criador. Um dia exibiu-nos, de sua carteira, a histórica promissória de 500 contos, firmada por êle e Niemeyer, com a qual puderam erguer em dez dias o incomparável "Catetinho". Ao grande Presidente e a todos êsses homens que não têm frio nos olhos, mas cujos olhos se umedeceram ao ouvirem pela primeira vez ao piano os temas iniciais da "Sinfonia da Alvorada", - a nossa comovida gratidão, não só pela confiança que tiveram em nós como pelo exemplo que nos deram de ânimo, modéstia e espirito de luta.

Falei em piano. É fato. João Milton Prates providenciou-nos um piano que veio de Goiânia. Ajudados por Luciano e três candangos, nós o subimos a braço para o "Catetinho", com mais mêdo de que seus degraus cedessem ao pêso do que de um enfarte do miocárdio. Naturalmente, pois o "Catetinho" é hoje um monumento histórico, e a estátua do Fundador de Brasília parecia apreensiva, sôbre o seu pedestal no terreiro em frente, com os resultados de nossa operação.

Temos um último e mais íntimo agradecimento a fazer: da parte de Antonio Carlos Jobim, a Thereza Hermanny Jobim, sua mulher, e Celso Frota Pessôa, um padastro que é mais que um pai, que deu mão forte a um jóvem estudante de arquitetura cuja verdadeira vocação era a música; de minha parte, a minha mulher Maria Lúcia Proença de Moraes. A "torcida" dos três, sem embargo de uma constante vigilância crítica, nos foi sempre do maior estímulo nesse empreendimento em que dois sentimentos são determinantes: amor pela obra e confiança no futuro de Brasília e do Brasil.

Rio, Janeiro de 1961

VINICIUS DE MORAES

Brasília – meio século (III)

Sinfonia da Alvorada -

texto de Tom Jobim

para a capa do LP


Setembro, sertão no estio. Frio sêco. Altitude aproximada: 1.200 metros. Ar transparente, céu azul profundo, primavera e pássaros se namorando. Campos gerais, chapadões dos gerais. Cerrado e estirões de mata à beira dos rios. Horizonte: 360º. No fundo do "Catetinho" há um capão de árvores altas por onde passa um córrego de água boa e fria. Seguindo-se a água, sai-se num campo onde fui muitas vezes escutar o pio das perdizes. Silêncio nos campos claros batidos de sol. De repente, de perto, como um grito, vem o piado do macho chamando a fêmea. Silêncio. E de longe chega a resposta. É uma conversa que parece vir do fundo dos tempos. Aquêles dois pontos de som escondidos no capim se procuram, aproximam-se, encontram-se e cantam juntos. Uma nuvem passa e sua sombra corre pelos campos. O vento faz ondas nos penachos do capim: dourado, verde, dourado...

Neste ambiente foi composto "O Planalto Deserto".

A música começa com duas trompas em quintas, que evocam as "antigas solidões sem mágoa" de que nos fala Vinicius de Moraes e a magestade dos campos sem arestas que há milênios se aquietaram. O espírito do lugar prevalece. Duas flautas comentas lìricamente as infinitas côres das auroras e poentes, sôbre um fundo harmônico de cordas em tremolo. O mistério das coisas anteriores ao homem é exposto numa luz clara e transparente: "Onde se ouvia nos campos gerais do fim do dia o grito da perdiz, a que respondia o pio melancólico do jaó". Às vêzes, à beira d'água, surge a trama vegetal dos galhos e lianas . O timbre da orquestra escurece. O infinito horizonte se enche das côres do crepúsculo e se escuta mais uma vez o tema do Planalto.

A 2a. parte aborda o Homem: seu espírito de conquista, sua violência, sua fôrça, seus desejos e seus sofrimentos para atingir o altiplano. Enquanto escrevia a música desta parte, formou-se em meu espírito a seguinte imagem: uma carroça vai penosamente se arrastando serra acima . O Homem instiga os animais. A marcha acelera-se e surge o Canto, a que responde a Natureza, calma e isenta de desejos. Mas o Homem quer as coisas. Seu braço forte, riscado de grossas veias, ergue-se a uma lâmina afiada corta os ramos dessa Natureza imparticipante. O picadão se aprofunda sertão a dentro. O Homem haveria de plantar sua cruz no Planalto.

Na 3a. parte os modernos pioneiros retomam o trabalho dos velhos bandeirantes. O projeto da nova capital é planificado e torna-se necessário, para levar a efeito "a gigantesca tarefa", convocar "todas as fôrças vivas da nação". "A Chegada dos Candangos" conta da vinda desses homens de olhos puxados e zigomas salientes; homens que em toda sua pobreza ainda encontram um jeito de rir e cantar. Homens sem os quais Brasília não existiria.

Segue-se a 4a. parte: "O Trabalho e a Construção". Evitamos a música concreta para caracterizar o trabalho (ruído de serras, estacas etc.) porque isso nos pareceu óbvio. O trabalho é visto de maneira mais subjetiva. A música começa com um fugato que retrata o inicio da ação. A sorte está lançada. A inexorabilidade da ação é posta em evidência. O fugato desenvolve-se de maneira matemática. A tônica é o centro de tudo: as tonalidades satélites vão e vêm mostrando suas côres puras, mas tudo reverte à ofuscante tônica central. Há um plano de construção e êsse plano é rigorosamente respeitado. Por vêzes o trabalho cessa para dar lugar à contemplação da obra já feita, e três trompas aparecem sugerindo a graça e leveza líricas do Palácio da Alvorada diante da "grande planície ensimesmada", de que nos fala Vinícius. Mas o trabalho tem de prosseguir. Surge um rítmo marcato nas vozes masculinas e no piano, aqui usado como instrumento de percussão. Depois os arcos tomam a si o mesmo motivo e às vezes, eventualmente, se lamentam, como a dizer que nenhum trabalho é feito sem sofrimento. Os instrumentinos e logo os metais retomam o marcato, a sugerir o sol no zenite reverberando nas superfícies brancas, ferindo os olhos dos homens que trabalham. Novos temas arquitetônicos aparecem, cortados por uma frase de inusitado lirismo: pois o trabalho é tambem amor e poesia. Volta uma vez mais o tema do Palácio da Alvorada e tudo se encaminha para um desfecho inevitável. As tonalidades satélites mostram novamente suas côres, mas a tônica domina tudo. Os fatos se precipitam e o trabalho e a poesia dão-se as mãos. Algumas celebrações, alguma grandiosidade e o trabalho se conclui de repente numa frase triste, enunciada pela voz humana . Os homens voltam para suas casas na melanconia do poente. Um canto-chão diz de suas solidões, de suas tristezas, de suas mulheres ausentes. As cordas tomam a si o canto-chão, enquanto o texto fala dessa saudade dos homens por suas mulheres. Surgem pela primeira vez na Sinfonia vozes femininas que contrapontam intuitivamente com as vozes masculinas. Depois em bocca chiusa volta o canto-chão nas vozes masculinas retomando o tema da solidão. Um acorde de orquestra transporta ao tom relativo menor e vem a treva total. Surge, independente do Homem, o tema do "Planalto Deserto", da primeira parte.

Segue-se, na 5a. parte, o Coral final, comemorativo da realização. Vinícius usou além da palavra-sentido, a palavra-som, o que causa muitas vêzes um efeito surpreendente. O Brasil aparece em toda a sua nostalgia e grandeza. Uma nova civilização se esboça. Herdeiro de todas as culturas, de todas as raças, tem um sabor todo próprio.

Rio, Janeiro de 1961

ANTONIO CARLOS JOBIM


(OBS: Todas as informações sobre a Sinfonia da Alvorada foram colhidas no site Jobim.com.br)

20 de abr. de 2010

Brasília -meio século

O anúncio abaixo fez parte da campanha publicitária de Roberto Arruda, há quatro anos, para governador de Brasília. E deu no que deu...


Carlinha à vontade

No mês passado, num jantar oficial com o seu marido, o presidente francês Nicolas Sarkozy, Carla Bruni estava estonteante. Mas um detalhe chamou atenção: não usava sutiã, o que ficou evidente com o seu vestido azul petróleo justo. Outro detalhe: os faróis estavam acesos. Dias depois, a fogueira libidinosa aumentou com a publicação de duas imagens de Carla em trajes íntimos – uma de calcinha, outra de costas com o bumbum à mostra. As duas fotos foram leiloadas, em Londres, por 24 mil reais.

Deu no blog do Ricardo Noblat (hoje)
Padre acusado de pedofilia
é preso em Alagoas


Em depoimento à CPI, monsenhor, de 83 anos, nega o crime; outros dois religiosos também são acusados
Patrícia Bastos/Gazeta de Alagoas

De Odilon Rios:

O monsenhor Luiz Marques, de 83 anos, foi preso anteontem à noite em Arapiraca, em Alagoas, pouco depois de prestar depoimento à CPI da Pedofilia. Pela denúncia, ele tinha relações sexuais com coroinhas da igreja, todos menores de idade.

O padre negou ser pedófilo, mas a CPI exibiu um vídeo em que ele mantém relações sexuais com um menino. Também foram presos a secretária e o motorista do padre, que mentiram ao depor na CPI.

Mais dois padres foram acusados de pedofilia. O monsenhor Luís Raimundo Gomes negou ter relações sexuais com menores, mas parentes de ex-coroinhas rebateram. Ele foi proibido pela Justiça de sair da cidade.

Já o padre Edilson Duarte confessou que pagava programas sexuais com menores, feitos na catedral de Arapiraca e pagos com o dízimo dos fiéis. Ele fez um acordo com deputados da CPI para não se preso em troca de prestar as informações.

Com o benefício da delação premiada, o padre contou que os integrantes da Igreja participavam das orgias com menores em uma casa na cidade da Barra de São Miguel. Os padres recebiam apelidos femininos.

O monsenhor Luiz Marques teve prisão decretada pelo juiz Rômulo Valença, a pedido do presidente da CPI, senador Magno Malta (PR-ES). Na casa dele, segundo Malta, foi encontrado um passaporte recém-confeccionado, o que indicaria uma tentativa de fuga.

— Fui condenado e apedrejado, assim como aconteceu com Jesus — disse o monsenhor.

Perguntado no depoimento se era homossexual, ele pediu para não responder. A respeito do vídeo, vendido nas ruas da cidade, onde aparece tendo relações sexuais com um coroinha em frente a um altar, o monsenhor disse ser a primeira vez que tinha uma relação sexual.

— Até uma criança na escola sabe que o senhor não teria uma relação sexual com 83 anos — disse o senador Malta, falando da idade do monsenhor.

Cremes lubrificantes foram encontrados na casa do monsenhor. Na residência do padre Raimundo Gomes, havia garrafas de uísque, vodca e cerveja.

Quando a CPI anunciou a prisão do monsenhor Luiz Marques, o padre Raimundo chorou. Os religiosos foram chamados de nojentos ao sair do fórum de Arapiraca.

O arcebispo de Penedo (AL), Dom Valério Brêda, citado nos depoimentos, emitiu duas notas, há duas semanas, dizendo ter mandado o caso de abuso sexual contra menores para investigação policial.

As acusações de abuso partiram dos ex-coroinhas Fabiano Ferreira, de 20 anos, e Cícero Flávio, 22 anos. Por fax, o governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), disse ao presidente da CPI que os coroinhas receberão proteção policial.

19 de abr. de 2010


Denúncia na TV provoca

prisão de padre pedófilo

Após três dias de depoimentos, a CPI da Pedofilia determinou, hoje, a prisão do monsenhor Luiz Marques Barbosa , de sua assistente social e de seu motorista (os dois últimos por omissão). A comissão de parlamentares agiu após a exibição do programa Conexão Repórter, apresentado por Roberto Cabrini no SBT, sobre as graves denúncias contra padres de Arapiraca, em Alagoas.

Em seu blog, o jornalista conta os bastidores da explosiva reportagem:

“O ponto de partida da nossa reportagem foi um vídeo que recebemos no qual um padre de Arapiraca (AL) faz sexo com um rapaz. Então, partimos para a cidade para localizar os personagens centrais da história e comprovar a veracidade das imagens.

O levantamento inicial, encontrar as pessoas envolvidas no vídeo, levou cinco dias. Nosso primeiro contato foi com Fabiano, o rapaz que aparece ao lado do padre mantendo relações sexuais. Fabiano, hoje com 20 anos, relatou que se tornou coroinha na igreja com12 anos de idade e desde então foi assediado sexualmente pelo padre. Contou ainda que manteve um relacionamento com o religioso durante anos, e por isso desistiu do antigo sonho de se tornar padre.

Durante a apuração, outros jovens foram localizados dizendo que passaram pelo mesmo assédio, chegando a prática do sexo com os padres. Entre eles está um menino, de 11 anos. Ele afirmou que foi assediado por um outro padre da região. O testemunho deles é o que vocês podem conferir no vídeo do programa.

Em seguida, procuramos os padres apontados nos relatos: os três principais nomes da Igreja em Arapiraca. Para não levantar suspeita, já que a cidade é pequena, nossa equipe se hospedou separadamente em hotéis não só na cidade, mas também na região.

Um a um, os religiosos foram localizados pela equipe. Os três padres negaram qualquer envolvimento com os garotos e jovens da cidade.

A fase final de nossa reportagem foi questionar os jovens envolvidos e acompanhá-los em seus depoimentos à promotoria de Alagoas. O promotor responsável pelo caso ouviu todos os envolvidos e, diante dos fatos narrados, encaminhou o material à Polícia Civil alagoana e pediu a instauração de um inquérito para apurar a denúncia. Atualmente, a investigação cabe a delegacia especializada em crimes contra a criança”.

Veja a primeira do programa:


E Deus criou o Photoshop

Mais uma armação usando o Photoshop foi descoberta. A própria Britney Spears do anúncio da marca de roupas Candie’s, vendida na loja de departamentos Kohl’s, deu a mão à palmatória. Tem mesmo o disfarce na foto de divulgação do produto. Ela mesma liberou a divulgação da foto, dizendo que era para chamar atenção para a pressão sobre as mulheres para que pareçam perfeitas...e blá, blá, blá...

Na foto original, a cintura é mais larga, a perna é mais grossa em cima e embaixo e até a pele do pé tem uma descamação.

Brasília - meio século



Brasília - meio século

Silhueta brasiliense


Dois soldados que montam guarda na Câmara dos Deputados rendem-se à beleza do pôr-do-sol da capital, durante uma passeata dos sem-terra. 17 de junho de 2007.
Como foiEra um daqueles fins de tarde em que o céu do Planalto Central se mostra incomparável, com nuvens em tom avermelhado emoldurando a monumental arquitetura dos edifícios de Oscar Niemeyer. Algo costumeiro. Mas naquele dia chamou-me a atenção o gesto de uma dupla de soldados da Polícia Militar, com a missão de observar do alto do prédio do Congresso, a conturbada manifestação política dos sem-terra na Esplanada dos Ministérios. Não abandonaram seu posto de trabalho, mas ficaram alheios aos fatos por alguns instantes, pondo-se a admirar a beleza da cena exclusiva de Brasília. Orlando Brito.

(Fonte: Coluna do Cláudio Humberto)

18 de abr. de 2010

Bem Amado, nova versão

No próximo dia 26 começa, no Recife, o Cine -PE, com a exibição inédita de O Bem Amado, de Dias Gomes, dirigido por Guel Arraes.
Baseado em texto original da década de 60 assinado por Dias Gomes para o teatro, e também nos especiais de TV reescritos pelo próprio autor, o longa-metragem mantém vivo o tom crítico à política nacional e capricha no drama e no romance. “Para mim, a grande novidade é enfrentar essa temática política”, afirma o diretor, parte de uma das mais tradicionais famílias da política pernambucana e filho do ex-governador Miguel Arraes. “Não que seja um assunto de que eu não goste, pelo contrário, tenho muita admiração pela política quando ela é bem feita. Mas esse será um filme contra maus politicos.”

Para quem não se lembra, O Bem Amado conta a história do prefeito Odorico Paraguaçu, cujo grande projeto de governo é construir um cemitério em Sucupira. Mas ele se depara com um detalhe: ninguém morre na cidade. E para conseguir ser bem-sucedido em seus planos, ele não medirá esforços.
Vejam o trailer do filme: