15 de jan. de 2010

Consul do Haiti pisa (feio) na bola





Atualização das 18h03 - Nervoso, em entrevista coletiva concedida na sede do consulado geral do Haiti em São Paulo, o cônsul Gerge Samuel Antoine responsabilizou sua inabilidade com o português para explicar o que chamou de "mal entendido" quando disse que tragédia naquele país era boa proque tornava o haiti mais conhecido.
Embora viva no Brasil desde 1975, ele disse que foi mal interpretado porque não consegue se expressar muito bem no idioma.
- Falo várias línguas, mas nunca estudei português, eu ainda erro às vezes - disse o cônsul, pedindo desculpas ao povo haitiano, ao mesmo tempo em que garantiu estar com consciência tranquila. - Queria pedir desculpas, é claro que nunca foi minha intenção ofender ninguém.
Numa sala repleta de porta-retratos com fotos em que aparece ao lado dos ex-presidentes Fernando Collor de Mello e João Figueiredo, ele explicou assim a palavra de baixo calão que usou quando falava sobre os africanos.
- Quem não fala um palavrão na hora do nervoso? Falei assim de dó do povo - afirmou ele, garantindo que não tem preconceito com qualquer tipo de raça. Ele disse que seu avô, negro e nascido na África, foi presidente do Haiti no final do século XIV. Indagado sobre a declaração de que a tragédia poderia ter ocorrida por causa de macumba, Antoine disse que nem sabe ao certo o que significa o ritual.
- Nem sei o que é macumba, nunca fiz. O que sei é que tem macumba para o bem e para o mal - declarou.
Fonte:Flávio Freire, de O Globo



Jorge Amado recebia dinheiro dos nazistas e não repassava para os colaboradores, segundo Joel Silveira
Minhas memórias
(e as dos outros)
Jorge Amado e a subvenção nazista
De quando em vez aprecio vasculhar minha antigas reportagens e entrevistas, registradas nos jornais por onde passei. Fiz uma, por exemplo, com Joel Silveira (1918/2007), qualificado por Manuel Bandeira como o melhor repórter do Brasil.O mestre do jornalismo brasileiro, sergipano, foi exemplo para gerações pela coragem, sem papas na língua e sempre repórter.
Ele guardava na memória as marcas e as emoções que viveu nos campos de batalhas, durante os nove meses e 11 dias que esteve na Itália, durante a II Guerra Mundial.Na entrevista que fiz com ele (publicada no jornal Diário do Nordeste, em 10/03/1996) ele relembrou a ambientação do front em território italiano, onde atuou a Força Expedicionária Brasileira (FEB). Como também espinafrou a atuação de alguns escritores brasileiros, chefiados por Jorge Amado, trabalhando para um suplemento literário, financiado pelo nazismo.
Vejam o trecho da entrevista no qual ele aborda o assunto:
P- Em entrevista à época (1989) do lançamento do livro Hitler/Stálin – o pacto maldito e suas repercussões no Brasil (Ed. Record), de sua autoria e do jornalista Geneton Moraes Neto, o senhor temia que acontecesse patrulhamento ideológico à aquela decisão de vocês em remover o passado? O livro reabria a polêmica sobre a colaboração da esquerda brasileira num jornal pró-nazismo, o jornal Meio-Dia. Após a publicação, o senhor constatou algum tipo de perseguição ou de descontentamento?
R- A colaboração da esquerda brasileira com o hitlerismo aconteceu logo que foi assinado, em agosto de 1939, o ignóbil pacto germano-soviético. Fruto, principalmente, do açodamento mercantilista de certo setor da inteligentzia brasileira, capitaneado por Jorge Amado e Oswaldo de Andrade, em São Paulo.Na verdade, ao assumir a direção do suplemento literário do jornal Meio-Dia, o diário carioca subvencionado pela Embaixada Alemã, Jorge Amado não pretendia apenas engordar seu insaciável ego, mas tirar proveitos materiais. Não esqueçamos que ele foi diretor do suplemento durante seis meses em que o mesmo existiu e não nos esqueçamos que era ele quem recebia, diariamente de Herr Ehlert, da referida Embaixada, o dinheiro para o pagamento dos colaboradores do dito suplemento. Pagamento esse que raramente fazia, dando outro destino às quantias recebidas. No referido livro toda essa mal-cheirosa história vem em seus detalhes. E não apenas contada, mas devidamente chancelada com documentos da época, dos quais o livro reproduziu fac-simile. Vale destacar, no livro, a entrevista dada pelo Jorge Amado ao Geneton, em telefonema de Paris. É uma obra prima de cinismo e de despudor.

Da Série - "A ÚLTIMA FOTO"
Bocadura.com

Charge - Néo

14 de jan. de 2010

e

Humberto Teixeira na
Música Popular Brasileira

Na estreia do filme Lula, o filho do Brasil, em Brasília, logo no início, foi tocada a música Asa Branca e apresentada como uma das obras mais importantes de música popular brasileira como sendo de autoria de Luiz Gonzaga. Alguém, lá na plateia, teve vontade de gritar: “Não é de Luiz Gonzaga, não. Essa música é de autoria de Humberto Teixeira!”.A reação solitária foi da atriz Denise Dummont, filha do cearense Humberto Teixeira (1915/1979)e parceiro de Luiz Gonzaga, e que há anos vem resgatando a importância do pai no cancioneiro popular como compositor. Autor de Asa Branca, Baião, Assum Preto, Baião de Dois ou Adeus Maria Fulô. Pouca gente sabe, porém, os nomes dos autores dessas músicas.
E para reparar essa injustiça, a atriz produziu o filme, dirigido por Lírio Ferreira, O Homem que Engarrafava Nuvens, reunindo depoimentos de Gilberto Gil, Bebel Gilberto, Belchior, Lirinha (Cordel do Fogo Encantado), David Byrne (Talking Heads), Otto e Daniel Filho - além de muita música.
Humberto Teixeira ajudou a transformar o baião, um ritmo regional, em parte do alicerce da MPB, ao lado do samba.


Guerra gravada na pele


O filme Tattoo under fire, da documentarista norte-americana Nancy Schiesari, traz um retrato intimista e original do impacto da guerra sobre a atual geração de recrutas. Como cenário, um estúdio de tatuagens, o River City Tattoo, a poucos metros da maior base militar do país. Na reportagem de Dorrit Harazim, publicada na recente edição da revista Piauí, o foco é Fort Hood, a maior base militar dos Estados Unidos.
Em extensão (878 quilômetros quadrados) e população (quase 65 mil homens e mulheres das Forças Armadas, somando-se os agregados). Quem está em Fort Hood carrega embaixo do uniforme doses variáveis de ansiedade, patriotismo, amargura, trauma ou valentia. Foi ali que, na manhã de 5 de novembro passado, um major psiquiatra, às vésperas de ser despachado para a guerra, teve um surto psicótico e fuzilou treze pessoas, além de ferir outras trinta. Coube a uma documentarista e professora de cinema da Universidade do Texas, sem qualquer vínculo com o universo militar, fazer um registro inédito do estado d'alma dos que partem e retornam da guerra. Ao longo de quase quatro anos, entre 2005 e 2009, Nancy Schiesari frequentou periodicamente um estabelecimento com ares de loja de conveniência de beira de estrada, que fica a poucos metros da entrada principal de Fort Hood. Um sinal luminoso kitsch em forma de estrela informa que funciona ali um estúdio de tatuagem, o River City Tattoo. Desde que abriu as portas cinco anos atrás, a dona da loja, Roxanne Willis, quase não consegue fechá-las - mesmo noite adentro há sempre mais um soldado atravessando a rua para marcar o corpo com suas fantasias e assombrações.


Os inquilinos
A problemática social do Brasil é focalizada sem especularização da violência mostrada em filmes recentes sobre o tema. Em Os Inquilinos, de Sergio Bianchi, que estreia neste mês o enfoque é sutil, pois mostra a rotina de uma família da periferia, brutalmente rompida com a chegada de novos vizinhos, ostensivamente criminosos e barulhentos.A impotência do cidadão comum diante das múltiplas agressões que sofre no seu cotidiano.

13 de jan. de 2010

e a compara a Madre Teresa
De O Globo:
Em nota divulgada nesta quarta-feira, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, lamentou a morte da fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns. Britto, que foi colega de Zilda no Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, afirmou que a médica está no mesmo patamar de personagens como Madre Teresa de Calcutá e Irmã Dulce.
A seguir, a íntegra da nota:
"A morte de Zilda Arns, em plena ação missionária, no Haiti, tem a dimensão trágica e poética do artista que morre em cena. Dedicou toda a sua vida de médica sanitarista à causa dos desvalidos. Sacrificou a perspectiva de uma vida regular e confortável, que sua qualificação profissional lhe permitia, ao nobre ideal de submeter-se ao mandamento cristão de amar ao próximo como a si mesmo.
Raras são as pessoas desse quilate espiritual, capazes de renúncias desse porte. Zilda Arns inclui-se numa seleta galeria de seres humanos integrais, em que figuram personagens como Madre Teresa de Calcutá e Irmã Dulce.
São pessoas que melhoram o mundo e seu tempo e impedem que o ser humano descreia de si mesmo. São beneméritas da humanidade, cuja biografia vale por um tratado de direitos humanos.
"É uma morte bonita, no cumprimento da causa em que acreditava" .
Dom Paulo Evaristo Arns sobre o falecimento de Zilda Arns, sua irmã, no Haiti

12 de jan. de 2010

As raízes cearenses
de Marina Silva

O que a postulante à candidata à Presidência da República, Marina Silva (aliás minha candidata), tem a ver com esses personagens do filme abaixo (Soldados da Borracha) e com o Ceará? O filme conta a história de muitos brasileiros, principalmente cearenses, que durante a II Guerra Mundial, foram para o Acre extrair látex, cortando seringa.
Aos 19 anos, o seu pai, o cearense Pedro Agostinho da Silva, desembarcou no Acre com a promessa de melhorar de vida na Amazônia. As promessas eram mentiras do governo Getúlio Vargas. Ele tirava três latas de leite de látex diariamente. Do que ganhava, tinha que dar a metade ao dono do seringal e outros 20% ao gerente.Oito anos depois, Pedro mandou buscar a mãe e a noiva Maria Augusta. Casaram-se e tiveram onze filhos; oito deles sobreviveram - sete mulheres e um homem. A única a ter frequentado escola foi Osmarina, nome de batismo da senadora Marina Silva...


Documentário sobre o Pe. Cícero
Recebi do Valdecy Alves um e-mail sobre o seu documentário focalizando o Pe. Cícero. Ele mandou um recado:“Veja, através do meu blog, documentário recente que fiz sobre Padre Cícero, intitulado Padim Ciço, santo ou coronel ? Se gostar indique para os seus contatos, comente. Antecipadamente agradeço. Precisamos fazer da blogosfera, com todo potencial que tem, uma mídia alternativa mais poderosa que a mídia atual, voltada apenas para o interesse de alguns grupos econômicos e políticos. Temos que armar rede, unirmo-nos. Meu blog: www.valdecyalves.blogspot.com “Vejam o vídeo:


11 de jan. de 2010



Curiosidade

Foi inaugurado, recentemente em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o edifício mais alto do mundo, o Burj Khalifa, com 828 metros de altura. O prédio supera em 320 metros o campeão anterior, o Taipei 101, localizado em Taiwan. A edificação pode ser vista a 100 quilômetros de distância e possui o mirante mais alto do planeta (124° andar) e o elevador que percorre a maior distância no mundo (504 metros, do térreo ao 138° andar).

Caro Francis

Breve nas telonas o documentário sobre um dos mais polêmicos jornalistas brasileiros: Paulo Francis (1930/1997). Caro Francis, de Nelson Hoineff (o mesmo diretor de Alô, Alô Terezinha –Chacrinha) apresenta um Francis multifacetado, gentil, generoso e crítico. O filme traz depoimentos de colegas de profissão, de políticos entre outros. E também focaliza seu último embate que o levaria à morte: em 1966, no programa Manhattan Connection (GNT) ele declarou que a diretoria da Petrobrás formava uma "quadrilha" e tinha "contas na Suíça". A leviandade provocou uma ação judicial dos diretores da estatal. Segundo amigos mais próximos o estresse desencadeado contribuiu para o ataque cardíaco fulminante.
Street View (1)

Google fotografa São Paulo
para o serviço Street View

O Google começou essa semana a registrar imagens de ruas da Grande São Paulo para o serviço Street View. A empresa colocou na cidade 30 carros equipados com um conjunto de nove câmeras cada um, para a captura de imagens em 360 graus. As fotos devem ficar disponíveis na internet, o que causa polêmica pela exposição dos pedestres.
Belo Horizonte já recebeu a novidade, a próxima cidade brasileira da lista é o Rio de Janeiro. A captura de imagens começou pela avenida Paulista, mas deve seguir até as favelas. Para isso, o Google não descarta a possibilidade de contar com proteção policial em locais perigosos.
O serviço já está disponível em 28 países. Na Inglaterra e Suíça os carros de captura foram recebidos com protestos. A polêmica é que as câmeras registrem situações constrangedoras para os pedestres, que poderão ser vistas pelo mundo inteiro.
Fonte: Comunique-se


Street View (2)
Como funciona
O Google do Japão produziu uma animação para explicar o funcionamento do Google Street View. O recurso, disponível no Google Maps, permite que o internauta viaje por várias cidades do mundo, sem sair do seu computador. Para isso, o Google possui carros equipados com uma poderosa aparelhagem para captação de imagens em sequência.A animação foi muito bem produzida e consegue realmente passar a ideia de como o serviço funciona. Aqui no Brasil, o Google Street View é feito em parceria com a Fiat. São 30 automóveis Stilo que percorrem três cidades: São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.O Google Street View já causou algumas polêmicas por, eventualmente, ferir a privacidade de pedestres. Para isso, a animação mostra como funciona a detecção de eventuais problemas na imagem, e como são corrigidos esses problemas.Vejam, abaixo a animação do Google do Japão:


e