7 de nov. de 2009

Sábado, pela manhã, no Centro
Hoje, pela manhã, fui às compras, renovar o meu guarda-roupas, acompanhado pela minha filha, Bárbara, entendida em moda e coisa tal. Lá fomos nós. Levei comigo, a maquininha fotográfica (Sony), preciosa, e que me registra flagrantes do cotidiano.
Entre o estacionamento e a loja, fui observando (aliás, curto muito andar pelo Centro), as pessoas, os prédios, as praças, o comércio...Levei minha filha para conhecer o Parque das Crianças (ela nunca tinha frequentado o logradouro),defronte ao Parque, a igreja do Coração de Jesus...
Decepção, ao olharmos pra torre: o relógio quebrado, marcando as horas trocadas...
Seguimos, e, adiante, admiramos o belo portão, de ferro, da Secretaria de Finanças da Prefeitura. O portão, ornamentado por duas figuras indígenas, entalhadas em bronze, tem tudo a ver, pois lá funcionou, há tempos, a sede da municipalidade, o antigo Palácio Iracema...

Na Praça dos Voluntários, onde funcionava a Secretaria de Segurança Pública, tive um momento de saudade dos meus tempos de jogador de futebol: fotografei o sapateiro Silveira, costurando uma bola. Puxa! Lá, nas minhas antigas da juventude, jogar com bola de couro era o início para quem sonhava, sair das peladas com bola de borracha, jogar com bola oficial (número 5) e tentar a carreira de jogador de futebol. E quando a bola de couro se rasgava, com o tempo de uso, a solução era mandar para o conserto, no sapateiro. Recosturada com barbante, entre cada pedaço, a bola ficava novinha, e pronta para novos arremates no pebol.
Vendo o Silveira, fiquei com um nó de passadismo, lembrando da bola de couro, rolando pelos campinhos de várzea. Só lamento, não ter prosseguido com a minha carreira de jogador de futebol. Depois de tanto tempo, reconheço, finalmente, que não era nada promissora. Preferi seguir pela vida, jogando com as letrinhas.



Essa é pra "morrer" de rir
Estava programado para ir ao ar, hoje, uma entrevista do presidente Lula concedida às emissoras de rádio estatal de Angola e de Moçambique. Ia. Foi descoberto que a tal da entrevista concedida foi por um homem que se passou pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O mesmo cidadão também deu “entrevista” à uma outra rádio, da Austrália(SBS). O caso ficou para ser investigado pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, o GSI, informou uma fonte do governo. Antes da investigação do GSI, os autores já revelaram suas identidades. São os responsáveis por um dos novos quadros do programa Chupim, da rádio Metropolitana FM, de São Paulo, a rádio do blog Os alphas. Eles entraram em contacto com vários emissoras do Canadá, da Austrália e de países africanos oferecendo uma entrevista exclusiva e ao vivo com o presidente brasileiro, que gostaria de falar sobre a violência no Rio, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.As duas emissoras mais ouvidas em Angola e Moçambique aceitaram a oferta na hora. Uma emissora canadense preferiu entrar em contacto com assessores de Lula e escapou do trote. Uma australiana gravou a entrevista, mas não a levou ao ar.
Gente, nunca vi coisa mais bem bolada, engraçada, na história desse país. Se você quiser rir, mas rir muito, ouça as duas entrevistas concedidas pelo falso Lula.
Entrevista para a Rádio Nacional de Angola - 1a. parte



Entrevista para a rádio nacional de Angola - 2ª parte




Entrevista para a rádio nacional de Moçambique

6 de nov. de 2009



Como se lança um livro
Como foi em São Luís o lançamento do livro Honoráveis Bandidos, do jornalista Palmério Dória. Estiveram presentes, entre outros, os ex-governadores José Reinaldo e Jackson Lago, adversários políticos do senador José Sarney, personagem do livro.Militantes da juventude do PMDB tentaram agredir os ex-governadores Jackson Lago e Ze Reinaldo . Aí, o pau comeu.
Do blog do Ricardo Noblat
Os fantasmas de scrooge/
estreia/ hoje
Um Conto de Natal, uma das obras mais conhecida de Charles Dickens, já ganhou dezenas de adaptações para as telas. O texto de 1843 virou filme, um curta-metragem, pela primeira vez logo na aurora do cinema, em 1910, pela Edison Manufacturing Company.
Desde então, o conto teve as mais diversas interpretações. Dos Muppets a Bill Murray, passando por Tio Patinhas e Matthew McConaughey, o velho Scrooge ganhou versões em todos os gêneros e com maior ou menor grau de fidelidade ao original. Dessa forma, o clássico natalino avança através das eras. Do cinema mudo e preto e branco, ganhou som, depois cor, efeitos especiais... e agora estreia na mais avançada tecnologia disponível no mercado, o 3-D estereoscópico com captura de movimentos e projeção em IMAX.
A história é a velha conhecida de sempre. O velhote avarento Ebenezer Scrooge trata mal os empregados e a pouca família que tem, já que considera o Natal uma festa sem sentido. Mas na véspera da festividade é visitado pelo fantasma de seu velho sócio, que avisa: ele será visitado por três outros fantasmas que lhe mostrarão os Natais passados, o Natal presente e os Natais vindouros. E Scrooge embarca em uma jornada sobrenatural para aprender o significado da família, amigos e da compaixão.

5 de nov. de 2009

Fiz uma coisa que nunca tinha feito, nessa minha vidinha de jornalista: um documentário institucional. Deu um trabalhinho danado. Contratar cinegrafista, bater fotografias, pesquisar sobre a história da Justiça do Trabalho no Ceará, ir em busca de filmes antigos sobre a história do Ceará (ainda bem que o Nirez, diretor do Museu da Imagem e do Som do Ceará, é meu amigo e facilitou tudo). Depois, contratar um locutor, cortar falas e imagens, procurar uma música adequada. Entrevistar pessoas. E esperar a disponibilidade de tempo delas. Editar. Pensem, no trabalho. Afinal, fiz um documentário sobre o Fórum Autran Nunes. E com um detalhe: fiz tudo isso, porque cismei em fazê-lo, sem despesas para a União. Todas as despesas foram pagas por mim e pelo Dr. Judicael, diretor do Fórum. Imagino que ficou legal. Vejam o vídeo:


Indo pelo tempo...dos Beatles
Os Beatles se juntaram pela última vez, no estúdio, para gravar o disco Abbey Road. A obra foi um sucesso absoluto. Agora, faz 40 anos, que aqueles jovens de Liverpool se separaram definitivamente, mas deixaram um legado para história da música, do comportamento de muitas gerações. Até hoje. Abriram caminhos para revolucionar.
As letras, a forma de compor e de lançar discos. E de viver. Em 1969, eles fizeram o filme Yellow Submarine, depois de vários trabalhos cinematográficos sem sucesso de crítica e de público. Em Yellow Submarine, o formato escolhido foi o de desenho animado. A história conquistou a crítica, o público, pela dinâmica e pela magia do desenho.

4 de nov. de 2009

O homem purpurina
Ganhar dinheiro para poder sobreviver, se faz qualquer negócio. O Marcos, por exemplo, há cinco anos que pinta o corpo com purpurina (usada também por mágicos e artistas) e vai posar de estátua, nas praças do Centro de Fortaleza. E por dia, ganha entre 30 e 50 reais.
Neste momento que o fotografei, ele estava descansando, entre um espetáculo e outro, na praça José de Alencar.



Elifas Andreato:
Um cidadão brasileiro, genuíno



Na história das artes plásticas justapostas com o jornalismo contemporâneo no Brasil existe um personagem que admiro há muitos anos: o artista gráfico Elifas Andreato. Li, na recente edição da revista Brasileiros, depoimento dele (contundente e corajoso na defesa da cultura brasileira e na sua luta contra o alcoolismo) concedido ao repórter Ricardo Kotscho. Pra quem não o conhece, Elifas Andreato já trabalhou nas principais revistas do País, pertencentes à Editora Abril (Cláudia, Veja, Quatro Rodas..). Ilustrou capas de antigos LPs, verdadeira obras primas de discos de consagrados intérpretes da Música Popular Brasileira (Martinho da Vila, Elis Regina, Adoniram Barbosa...)Nos tempos de chumbo grosso da censura imposta pela ditadura militar, largou a vida mansa e o prestígio que tinha no meio editorial (como editor de arte), e foi ilustrar o jornal Opinião, que heroicamente sobrevivia ante a pressão dos generais-presidentes.Passada a ditadura, Elifas montou um ateliê e lançou uma revista: Almanaque Brasil. E vive em dificuldades financeiras e pessoais para mantê-la.
Vejam que respondeu, quando o repórter perguntou: “Você tem toda uma trajetória vitoriosa ligado à arte brasileira, à nossa história. O que ficou de tudo isso?
- Hoje, eu tenho o Almanaque Brasil, que a minha tribuna, onde eu posso fazer o que gosto. Chega a ser uma coisa meia egoísta, no sentido de que eu tento preservá-la a qualquer preço. Às vezes, recebo conselhos de muita gente: “Pô, desista, cara”. Mas eu não posso viver sem esse espaço para contar a boa história brasileira. Eu escrevi isso recentemente: “Não sei viver sem trabalhar, sem estar dedicando o tempo de vida que me resta ainda à construção do País que eu sonhei para as futuras gerações. E não vou desistir disso, não. Todas as vezes que me bate um desânimo, ou uma crise de alcoolismo, tem uma coisa tão forte nisso, que eu digo para mim mesmo. O alcoolismo não vai me derrubar, embora eu lute contra ele todo o tempo. Quando eu percebo que ele está vencendo a batalha, que ele está me deixando enfraquecido, desanimado e fragilizado, eu corro para uma clínica, me recupero e volto aqui para continuar a minha batalha. Quer dizer, eu me preservo para continuar a minha luta”.

2 de nov. de 2009

A mosca caiu na sopa...que porcaria. Mordido pela mosca azul. Mosca-de-bicheira, mosca-de-cavalo, mosca-de-estábulo....
Eu nunca tinha visto a mosca-de-marketing. Ela existe. Publicitários alemães, da editora de livros Eichbom, resolveram usar moscas (que são o símbolo da editora) para promover o estande da empresa na Feira de Livro de Franfurt.
Amarram fios, nas coitadas, e na ponta, colocaram um banner.
Olhem a perfomance publicitária dos insetos.




Erasmo Carlos fez parte, por um bom tempo, da minha juventude, naquela época entre a Jovem Guarda, passando pelo Tropicalismo, festivais de músicas e chegando aos tempos brabos da ditadura, censurando a vida cultural do País (anos 60 e 70, do século passado). E o Tremendão ocupou espaço da minha vida, pois daquela turma da Jovem Guarda, o Roberto Carlos era o muito certinho; A Wanderlea, a ternurinha...e o Erasmo era o roqueiro, o espalhafatoso, o “marginal” daquela trupe, e que de alguma forma abalou o conservadorismo daquela época.
E como está sendo delicioso reencontrar o Tremendão, lendo o seu livro de memórias Minha Fama de Mau. São reminiscências contadas de maneira bem-humorada, e com muita humildade pelo o pai do rock brasileiro. Cabeça de homem, mas coração de menino, Erasmo se mostra uma pessoa boa, engraçada e generosa. Humano, deliciosamente humano. Ele revisita sua trajetória, falando de mulheres e sucesso, dos amigos (de Roberto Carlos, seu principal parceiro, ele fala muito pouco – talvez até ressabiado em revelar detalhes da vida do “rei”, pois RC ganhou ação contra o jornalista Paulo Cesar de Araújo que teve o seu livro Roberto Carlos em Detalhes” proibido).
Criado pela mãe, Erasmo superou as limitações da infância do menino pobre que se transformou num dos primeiros popstars brasileiros. Um livro leve, agradável de se ler, pois, com coragem, revela passagens diversas, picantes da sua vida. Aalegrias e algumas tristezas. Porém, se omitiu em falar sobre o suicídio de Narinha, mãe de seus dois filhos, com quem conviveu 16 anos. O grande amor da sua vida.
É respeitar o seu silêncio.
Vejam, no vídeo abaixo, a roqueira Rita Lee, falando sobre ele, e cantando Minha Fama de Mau.


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