29 de ago. de 2009

BOMBOU NA WEB
nesta semana




Uma designer teve a estranha ideia de desenhar olhos na parte de trás de calças jeans. Quando a pessoa anda, o jeans dobra e os olhos parecem abrir e fechar. Ou seja: você olha para o bumbum de alguém e ele pisca de volta. O vídeo de divulgação do produto teve 400 mil acessos.





O site College Humor publicou um vídeo muito interessante contando, em imagens, a história dos efeitos especiais no cinema. Vai desde The enchanted drawing, um filme mudo de 1900 (foto), até O curioso caso de Benjamin Button, de 2008, passando por King Kong (1933) e Guerra nas estrelas (1977). Foi um dos vídeos mais indicados no site Digg.




A banda sueca Rymdreglage mexeu com o coração nerd de quem foi criança ou adolescente nos anos 80. Criou um videoclipe homenageando dois ícones dessa época: o brinquedo de montar Lego e a primeira geração de videogames, como Atari e Nintendo. O Lego é usado como matéria-prima da animação em stop motion (movimento simulado com fotos em sequência). As estrelas são personagens clássicos dos primórdios dos joguinhos eletrônicos, como Mario e Pacman. A música, chamada “8-Bit Trip”, é um retalho eletrônico inspirado na trilha sonora tosca desses games. O vídeo, em suas diversas versões, foi visto mais de 2 milhões de vezes.
Fonte: revista Época

28 de ago. de 2009

Antissemitismo no Estado Novo:
verdades e mentiras


O livro Quixote nas Trevas, do historiador carioca Fábio Koifman, desvenda verdades e mentiras sobre o antissemitismo praticado pelo governo brasileiro ao tempo da II Guerra Mundial (1939/1945). O Quixote nas Trevas, enunciado no título, é o embaixador brasileiro Souza Dantas (1876/1954), que em Paris (já dominado pelos alemães, recusava a cumprir ordens do governo Vargas, na concessão de vistos diplomáticos, salvando centenas de refugiados judeus das mãos dos nazistas. O diploma ficou conhecido como o Schindler brasileiro pela semelhança como herói, retratado no filme de Stven Spielberg. O autor do livro foi entrevistado pela Singular:
Como o senhor encontrou o fio da meada de um personagem tido até hoje na literatura sobre o Estado Novo e os refugiados do nazismo, como um mero coadjuvante?
Na realidade Souza Dantas não foi tratado com mero coadjuvante, menos que isso, ele até foi absolutamente ignorado pela totalidade das obras publicadas sobre o Estado Novo. Acidentalmente, o nome do embaixador aparece vez por outra em livros que trataram do período Vargas. Publicações que abordaram especificamente a questão da migração judaica e dos demais refugiados do nazismo no Brasil, acabaram em algum momento mencionando, de forma muito rápida e superficial, o nome de Souza Dantas, conforme relato no início de Quixote nas Trevas. Mas até esse meu estudo, ninguém tinha se aprofundado nem na trajetória do ilustre diplomata, nem na sua atuação específica de ajuda humanitária aos refugiados que, desesperados, buscavam fuga na Europa.A informação que se tinha, esporadicamente, em ou outro publicação era de que Souza Dantas havia ajudado alguns refugiados. Quantos? Quando? Quem? De que forma?Estas foram as perguntas que procurei responder. A ideia de pesquisar sobre o embaixador surgiu, a partir de um relato que tive conhecimento, de um portador de visto concedido por Souza Dantas, que em 1997 se perguntava que motivo teria levado seu salvador ao completo esquecimento.
E quais razões levaram Souza Dantas ao esquecimento?
As razões que levaram Souza Dantas ao esquecimento não foram produzidas por historiadores de minha geração. Minha geração de historiadores, no máximo, reproduz essa ausência.A ideia que defendo é a de um grupo de admiradores (inclui-se aí historiadores e intelectuais) de Getúlio Vargas seguiram relevando o embaixador a um papel menor (ou nenhum) na história por várias razões. Primeiro por atender à própria vontade de Vargas que, ainda em vida, se viu bastante contrariado com a “indisciplina do diplomata, e jamais o perdoou. Segundo, pelo fato dos atos de Souza Dantas evidenciarem por contraste a indiferença, a insensibilidade e até mesmo a crueldade de outros diplomatas e burocratas que durante os anos críticos para tantas pessoas que buscavam salvar suas vidas, atuaram de forma diametralmente oposta ao embaixador.



27 de ago. de 2009


O onipresente Google

Em breve, deve chegar ao Brasil mais um serviço do incansável Google: trata-se do Street View. Depois do Google Eart - que permite aos usuários ver imagens de satélite de praticamente qualquer lugar do planeta - o novo serviço mostrará ao mundo da perspectiva das ruas: pessoas, casas lojas...O internauta poderá fazer um passeio virtual, como se estivesse dentro de um carro, por meio de fotografias sequenciais das principais ruas e avenidas das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

O poderoso banco de imagens nem começou a funcionar em terras tupininquins, mas já causa polêmica. Se o Street View pode facilitar a vida de quem vai viajar - indicando, por exemplo, como é a vizinhança onde o turista pretende se hospedar -, pode também comprometer a privacidade das pessoas que serão clicadas. Além disso, há quem diga que as imagens podem ser usadas pelo crime organizado ou por governos não-democráticos para obter informações privilegiadas. A previsão é a de que o serviço esteja ativo no Brasil dentro de seis meses.

Fonte: revista Imprensa

26 de ago. de 2009


Cadê o Belchior?

Desde domingo passado, quando a questão foi ao ar, no final do Fantástico que meio mundo, principalmente na internet, está se movimentando em busca do bigodão, nascido em Sobral. Os fãs criaram sites e comunidades. Uma já conta com mais de 12.400 “belchianos”, com abaixo- assinado. André Lins, de Recife, inaugurou o blog Sempre Belchior. A jornalista Mariana Figueiredo pôs o anúncio “Procura-se Belchior”. A mobilização é grande em busca do ídolo que fez sucesso lá pelos anos setenta e oitenta com músicas que se tornaram clássicos na música brasileira: Mucuripe, Apenas um rapaz latino americano, Paralelas, Divina Comédia Humana, Na hora do almoço, Medo de Avião.
Certa vez, o entrevistei e perguntei por que suas músicas não faziam tanto sucesso como àquelas da primeira fase de sua carreira. Ele não se fez de rogado e disse: “irmão” – assim mesmo, pois é um cara muito educado e trata as pessoas com carinho- “algumas de minhas músicas entraram para a história da nossa música. E isso me envaidece muito. Elas ficaram”. E ele tinha razão. Só não precisava desaparecer do mapa, assim. Pois, desde 2007 que não entra em contato com a família, e depois desapreceu dos com amigos. A ilustração acima, publicada no blog Bombou.com, tenta dar um paradeiro. Aqui vai o meu palpite: será que ele não anda disfarçado pelo Beco do Cotovêlo, lá em Sobral, ou está desfrutando das delícias da serra da Meruoca, logo vizinha da terra onde nasceu?


Antes de sumir do mapa, esta é a sua última apresentação


Quebra-quebra no

Centro de Fortaleza


A foto acima foi feita há 67 anos, no mês de agosto, em Fortaleza (rua Floriano Peixoto). Naquele dia, o Centro viveu um verdadeiro quebra-quebra. Nas ruas, o povo exigia a imediata entrada do Brasil no conflito mundial (II Guerra Mundial, 1939/1945), contra o nazismo e seus aliados. O registro é de um fotógrafo amador, o então estudante de Direito Thomaz Pompeu Gomes de Matos, que juntamente com outros colegas universitários, lideravam, no Ceará, um movimento antinazismo, e comandaram uma passeata que terminou em quebra-quebra. Aconteceram saques em lojas de descedentes alemãs, italianos e japoneses.
Entrevistado pela Singular, há dez anos, Thomaz Pompeu disse que o clima era de revolta e de indignação em todo o país, pois entre os dias 15 e 17 de agosto daquele ano, seis navios brasileiros foram atacados e afundados por submarinos alemães. O governo brasileiro da ditadura do presidente Getúlio Vargas (Estado Novo, 1937/1945), vacilante desde o início do conflito e simpático ao nazi-fascismo, foi forçado a se posicionar em favor dos países aliados.
Dessa maneira, Getúlio Vargas declarou guerra contra os italianos e alemães, no mesmo ano de 1942. Politicamente, o país buscava ampliar seu prestígio junto ao EUA e reforçar sua aliança política com os militares. No ano de 1943, foi organizada a Força Expedicionária Brasileira (FEB), destacamento militar para lutar na Itália. Somente quase um ano depois é que as tropas começaram a ser enviadas, inclusive com o auxílio da Força Aérea Brasileira (FAB).



O dia da caça
Os caras do programa Custe o que custar (CQC) da Band sacaneiam deus e o mundo. Agora, na hora que alguém quer fazer uma brincadeira com eles (vejam o vídeo), eles ficam fulos da vida, como foi o caso do Rafael Cortez. E Jorge Antônio Barros, do blog Repórter de Crime, do jornal O GLOBO, teve um vídeo censurado no You Tube a pedido da Rafinha Productions. Nele, Rafael Cortez, do “CQC”, dava uma entrevista para lá de antipática."
Esta é a íntegra da nota publicada hoje na coluna Controle Remoto, de Patrícia Kogut, do GLOBO.
"A censura ao vídeo feito pelo blogueiro, sobre o "mico" pago por uma equipe do CQC, está repercutindo na internet, em vários blogs e sites. O YouTube já foi procurado para explicar as alegações feitas pela Rafinha Productions, de que houve infração a direitos autorais, já que o vídeo foi idealizado e produzido por mim".
E o tiro dado por essa empresa saiu pela culatra. O vídeo, publicado no Yahoo, já alcançou a segunda posição no Top Five deles. É um vídeo caseiro, simples, mas feito com muito amor à liberdade de expressão, sobretudo nessa época de cyberespaço.
Fonte: blog repórter de crime

25 de ago. de 2009


Deslize na vida musical
de Raul Seixas


Laurimar Borges


Já no ocaso de sua carreira, quando havia trocado a água ou qualquer outro líquido, pela vodka de qualquer procedência, Raul Seixas morou por alguns poucos meses em Piritiba, pequena cidade do sertão baiano. Lá em companhia dos amigos que lhe concederam a gentileza de hospedagem, a título de descanso e de um possível possível processo de recuperação criativa, Raul se encarregou, mesmo, foi de difundir entre a moçada piritibana o uso, até então desconhecido naquelas bandas, da marijuana. Vale aqui um lembrete às viúvas de Raul, sempre atentas na defesa do velho ídolo; não há na revelação qualquer crítica ou atitude preconceituosa aos seus hábitos de consumo, mesmo porque considero Krig-Há-Bandolo e Gita como vitais ao universo musical contemporâneo, a partir da década de 70, do século passado, e a consolidação do dito rock brasileiro. Nada de Rock in Raul. Tô fora.
Mas, voltando à passagem de Raul por Piritiba. Lá ele conheceu e manteve contato musical com o jovem compositor e cantor Wilson Aragão. Dentre as várias composições mostradas ao velho roqueiro, uma despertou de imediato a sua atenção e interesse, tanto que viria a integrar um dos seus últimos discos gravados em estúdio. A composição é Capim Guiné, que estranhamente aparece nos créditos da ficha técnica como sendo de Raul Seixas e Wilson Aragão. Foi pouco. Aragão merecia muito mais e está a esperar uma outra oportunidade para mostrar o seu talento de grande trovador sertanejo, explicitado em dois discos independentes gravados com recursos próprios e em mutirão com amigos. Mesmo que esta ajuda ou alavancagem da carreira venha de velhos roqueiros decadentes em troca de parceiros imerecidos e ilegais. Ismael Silva, Cartola, Geraldo Pereira, Assis Valente, Batatinha, entre outros,conhecem bem e tristemente este mercado. Mas como nos fala Mário Quintana: “Eles passarão, eu passarinho...”

23 de ago. de 2009

Sempre sobra
para o consumidor
A polêmica e tão antiga quanto a profissão, de repassar para o salário do garçom a “taxa de serviço” de 10% volta, de novo, a ser discutida. Agora, um projeto de lei da Câmara dos Deputados quer tornar a gorjeta parte do salário dos garçons. Se a confusão trabalhista entre patrões e empregados sempre existiu (tem casa que não repassa para o garçom; a taxa de 10% não é incorporada na carteira, para efeito, por exemplo, de aposentadoria etc, etc), o pior, para o consumidor é que no Brasil, o pagamento da gorjeta não é uma obrigação, e sim um costume.
Resumindo: quem acaba, pagando, literalmente a conta é o frequentador do ponto comercial.

Fugitivo da Justiça
quer ser presidente
da República

Em tempo de eleições surgem candidatos de todos os tipos. Além dos politiqueiros já manjados e espertalhões, surgem candidatos os mais hilários. Mas, “candidato” à Presidência da República condenado pela Justiça a 43 anos de prisão, por crime de roubo sequestro e homicídio, é algo inusitado. Pois, declarou-se como candidato, médico Hosmany Ramos, considerado foragido, em um site, antes de ser detido, na Islândia.
Hosmany foi preso em 1981 e condenado. Beneficiado com a saída temporária de Natal, no ano passado, ele não voltou, e foi considerado foragido. Foi parar na Islândia e preso, com documentos falsos. Na semana passada, o Secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., encaminhou o pedido de extradição do ex-cirurgião. O problema é que não há acordo bilateral de extradição entre o Brasil e a Islândia.