18 de jul. de 2009

Não é só as emissoras AM e FM daqui da terrinha que promovem concurso de perguntinhas fáceis para seus ouvintes. O jogo da adivinhação também faz sucesso entre os portugueses. O ouvinte que acertasse o peso exato de um objeto (entre 4,500 e 4,650 Kg) no estúdio, ganharia um prêmio. Até que Anabela ligou...


Fora do namorado

é transformado

em exposição

Quando entro em sala de bate papo ou converso, via MSN, algumas vezes o diálogo é encerrado, vindo da outra pessoa, especialmente mulheres, com a expressão “cuide-se”. E, eu ficava encucado, pensando que o “cuide-se” era com a saúde, com meus afazeres, com a violência... Pensava em tudo no mesmo segundo.
Pois não é, que a artista plástica francesa Sophie Calle levou um fora do namorado, via e-mail, e a correspondência eletrônica terminava com o tal do “cuide-se”. O safado do namorado ainda teve a petulância de dizer que acabara a relação, confessando que saltara barco por não conseguir atender ao pedido da artista para que ele se mantivesse fiel. O escritor Grégoire Boullier (é o nome do bonitão) gostava de mais três mulheres e não pretendia deixar de visitá-las.
Ela enviou cartas para 104 mulheres e transformou as respostas numa instalação, reproduzidas em textos, fotos e vídeos. Um sucesso. Até a mãe de Sophie mandou uma mensagem: “Não faça muito drama, minha filha. Linda, famosa e inteligente como você é, em breve fisgará um cara melhor”.
A primeira exposição do material aconteceu na Biblioteca de Paris, no ano passado. E vem sendo mostrada pelo mundo, inclusive no Brasil( São Paulo e Bahia).
Vejam a instalação, em Paris

Feola, a voz
da serenidade


Q
uando vejo, pela televisão ou ao vivo, técnicos de futebol indo ao desespero, à borda do campo na iminência de um ataque cardíaco, lembro-me daquela figura serena de Vicente Feola, que comandou a seleção brasileira, no primeiro título de campeão mundial, em 1958, na Suécia. Sentado e calado no banco de reservas, Feola parecia alheio ao que ocorria dentro de campo. Nem tanto. Muitos jornalistas diziam que até dormir, ele dormia, durante os jogos. E eu engolia essa versão. Tudo mentira.

Lendo a crônica de Dagomir Marquezi, publicada na revista Placar, fiquei sabendo da importância de Vicente Feola para a conquista da Copa do Mundo, desde a tragédia de 1950, quando perdemos por 2X1, no jogo final para o Uruguai, em pleno Maracanã.
Feola não dormia no banco de reservas. O problema é que ele, além da obesidade, tinha doenças cardíacas e o obrigava que ele tomasse remédios e que provocavam sonolência. Às vezes, fechava os olhos até que passasse a forte dor dos ataques de angina.
Outra versão que eu tinha como verdade, refere-se a escalação de Pelé, no time, numa imposição dos líderes da equipe (Nilton Santos, Didi). Não é verdade.




Segundo Dagomir Marquezi, Feola pensou num time-básico para sua seleção – e nela estava incluído o garoto de 17 anos, chamado Edson Arantes do Nascimento.
Vejam o relato de Dagomir: “Num jogo-treino, contra o time de Corinthians, Pelé levou uma entrada feia do zagueiro Ari Clemente. Para o dirigente máximo da seleção, Pelé teria que ser substituído. Feola insistiu para que Pelé fosse convocado, mesmo sem condições de jogo. Até que Pelé ganhou a vaga e se recuperou durante a Copa, sendo um dos artilheiros do time”.

Quando Feola faleceu, em 1975, o capitão Belini, o primeiro brasileiro a levantar a taça Jules Rimet, deu um depoimento mais exato sobre Feola para a conquista daquela Copa do Mundo: “Feola ganhou a Copa de 1958, porque conseguia tudo dos jogadores, dando-lhes liberdade para discutir, criticar, sugerir”.

Feola, um belo exemplo, porém pouco assimilado pelos técnicos que o sucederam no comando da seleção brasileira.


E a Juliana Paes,
quem diria,
processou o
Macaco Simão

O humorista José Simão, o endiabrado Macaco Simão, está proibido de se referir a atriz Juliana Paes, da Rede Globo, por decisão do juiz João Paulo Capanema de Souza, do 24ºJuizado Especial do Rio de Janeiro, misturando-a com a personagem “indiana” Maya, sob pena de desembolsar 10 mil reais.
A atriz processou o Macaco porque ele, em sua coluna no jornal Folha de São Paulo fez referências, conforme a sentença do juiz, sobre a casta e castidade da atriz Juliana e sobre seu “casamento com uma bananeira, incluída principalmente a referência sobre ela descascar a banana do convidado e, transando com uma bananeira, ser a definição do termo banalidade".
Ora, ora, processar todo mundo pode processar quem quiser. É o direito dela. Agora, o juiz aplicar medida cautelar, isto é censura.
E logo ela se sentir “ofendida” com a brincadeira do Macaco, pois não estava nem aí para a “moral e os bons costumes” quando compareceu, sem calcinha, na Feira da Beleza no Expo Center, em São Paulo, e flagrada, em 2006, pelo fotógrafo Marcelo Pereira do Portal Terra. Também já fez ensaios eróticos e comercial da Brahma, incitando a moçada, se mostrando que é boa, gostosa..

Essa ação penal dela e a censura judicial têm outro significado: hipocrisia.
Dona Juliana vá caçar outro macaco. Deixa o esculhambador geral do país em paz!


Telegrama envolve
Lampião, Padre Cícero e Prestes


Tenho entre os meus guardados cópia de um importante documento para a compreensão mais clara da controvertida relação entre Pe. Cícero Romão Batista e Lampião: a reprodução do telegrama transmitido do município de Campos Sales por Floro Bartolomeu, correligionário do Patriarca de Juazeiro do Norte, ao seu advogado, José Ferreira, dando conta da dispensa do bandido e seu bando para à perseguição a Coluna Prestes. Naquele ano de 1926 estava sendo formado, no Cariri, o Batalhão Patriótico, exército paramilitar, formado com ajuda financeira e de armamento patrocinados pelo governo federal – gestão do presidente Artur Bernardes – para combater Luis Carlos Prestes e seu grupo.




Registrava o telegrama: "Comunique nosso amigo, que não preciso mais Lampião, povo já seguiu perseguição revoltosos". O documento, até então inédito, faz parte do acervo das pesquisadoras juazeirenses Fátima Menezes e Generosa Alencar, e que divulguei em matéria publicada no jornal Diário do Nordeste, edição de 17/12/1992. O comunicado do então deputado federal Floro Bartolomeu, responsável pela formação dos Batalhões Patrióticos em todo o país, é considerado pelos historiadores como primeiro documento oficial ligando os três personagens (Pe. Cícero, Lampião e Prestes) da Velha República.




À época, um grupo de homens liderados pelo Cavaleiro da Esperança estava percorrendo o país (25 mil quilômetros entre os anos 1924/26) denunciando os desmandos administrativos do governo do presidente Artur Bernardes. Como forma de reprimir os revoltosos, além de contar com o sistema armado oficial, a administração federal arregimentava os políticos alinhados ao governo, espalhados pelo território brasileiro. Possuidor de poderosa influência religiosa/política/administrativa no Ceará, e pertencente ao partido Conservador, o Patriarca do Cariri era personagem vital para a estratégia bélica do governo. O baiano Floro Bartolomeu, radicado em Juazeiro do Norte desde 1908, braço-armado e mentor político do padre, e também deputado federal de trânsito livre nos gabinetes presidenciais, era o estrategista dos chamados Batalhões Patrióticos. No Cariri, sob seu comando, dois mil homens receberam munições, fardamentos e treinamentos militares.




Na verdade, nunca aconteceu o confronto entre o Rei do Cangaço e o Cavaleiro da Esperança, via Batalhão Patriótico. Sequer os dois cruzaram caminhos no sertão nordestino. Todavia, existem relatos comuns aos dois, anotados por pesquisadores, como a citação de um dos membros da Coluna, não-identificado, registrada no livro A Coluna Prestes, de Nelson Werneck Sodré: “Serviu-me de vaqueanos na Paraíba um primo de Lampião, que se ofereceu a Prestes para ir convidar esse bandoleiro a se reunir à Coluna, no que foi recusado”.. O próprio Prestes revelava mais tarde, em 1935, no texto A luta dos camponeses do Brasil, o seu posicionamento concernente à saga dos bandidos: “ As massas nutrem a maior simpatia pelos cangaceiros, com esse repartindo entre elas uma parte dos víveres e mercadorias tomadas”.




Mesmo sendo preteridos para operação de combate à Coluna Prestes, Lampião e seu bando foram para Juazeiro do Norte, adentrando a zona urbana do município na madrugada do dia seis de março de 1926. Sem a presença do comandante Floro Bartolomeu (ele viajara, rumo ao Rio de Janeiro, enfermo, morrendo dias depois no Distrito Federal), a desorganização era total. A população queria ver de perto o cangaceiro mais temido e procurado pelas polícias de todos os estados nordestinos. O bando fazia orgias. E o padre Cícero Romão Batista preocupado com a vexatória situação, principalmente porque Lampião queria receber das mãos do vigário a patente de capitão do Exército Brasileiro, como haviam prometido. A única atenção dedicada por Meu Padim Ciço foi uma audiência em que todos os cangaceiros receberam bênçãos e rosários, mas com a recomendação de só usar os adereços religiosos, no dia em que deixassem aquela vida criminosa.




A questão da patente foi resolvida. A mando do Pe. Cícero, o funcionário do Ministério da Agricultura, o médico Pedro Albuquerque Uchôa, presidiu a solenidade e assinou um documento tornando capitão do Exército, Virgolino Ferreira. Contavam os mais antigos de Juazeiro do Norte que Uchôa ficara tão constrangido em assinar a nomeação que teria comentado depois: “ Naquela situação, diante de mais de cinquenta homens armados, eu assinava até a demissão do presidente da República”.




Reabastecido de munição e orgulhoso, pensando que passara a integrar o quadro de oficiais das Forças Armadas, o capitão Virgolino Ferreira, juntamente com o seu bando, deixaram Juazeiro do Norte, na madrugada do dia nove de março, com destino a Pernambuco. Logo na divisa, o sonho de ser reconhecido pelas autoridades era desfeito ao ser recebido a bala pelos macacos (policiais) do vizinho Estado. A trajetória da violência continuou. Lampião foi morto por um volante, doze anos depois, em Angico, município alagoano.

17 de jul. de 2009

s



Tiririca, um vencedor


É difícil a vida no circo pequeno. Tem praça que a gente passa um mês, dois meses. Mas tem outras que não dá nada. A gente passa só três dias. Aqui, no Circo Real Madri, ganho pouco, mas está dando para ir. Não pago INPS, não tenho qualquer tipo de segurança. Mas o que vou fazer? Eu gosto de fazer os outro ri. Eu quero morrer palhaço.

O depoimento está contido na reportagem que fiz para o jornal O Povo, publicada no dia 15/3/1983. Era a primeira entrevista que Tiririca dava à imprensa, à época, ele, 17 anos de idade, a estrela do Real Madri, circo sem lona de cobertura.

Fiz a reportagem, juntamente com o fotógrafo Levi Fonseca. Procuramos um circo mambembe, e localizamos um, instalado no Parque São José, na periferia de Fortaleza.

Revendo, nos meus guardados (matérias que escrevi, à época de repórter) encontrei a que fiz, por acaso, com o cidadão Everardo Oliveira. Hoje, o famoso Tiririca.

A vida que segue.

No vídeo abaixo, mostra que Tiririca continua usando os mesmos artifícios cênicos que aprendeu no circo: o coadjuvante, “escada”, começa a contar uma história e o palhaço, nem aí, deturpando a fala do interlocutor, com palavras de duplo sentido, algumas pornográficas. A tática é infalível para a plateia cair na gargalhada.

É uma prova de que o circo não morreu, fazendo sucesso na televisão, e agora, no You Tube.

Grannnnnnnnnde Erasmo!

Neste ano de 2009, quando Roberto Carlos comemora os seus 50 anos de carreira, com badalações mis, show no Maracanãzinho e outras pirotecnias, quem leva a vida mansa é o seu mais efetivo parceiro, o “velho” e bom roqueiro Erasmo Carlos. Erasmo, cada vez mais afastado musicalmente de RC, sempre acessível, humano e fazendo o que mais gosta: compor e cantar.
Erasmo fala que nestes anos todos rodou o Brasil inteiro e viu coveres de todo mundo, menos dele. Por isso ele assume cover dele mesmo, a canção mais emblemática do seu mais recente disco Rock’N’ Roll.
Vejam a simplicidade com que o Tremendão fala dos colegas instrumentistas, dos compositores e de todos que partilharam com ele desse seu novo disco de estúdio. Gravado na sua casa. E até com vizinhos, ele preocupou-se. Grande figura!
Simples, afetivo...
Erasmo, um dos meus ídolos.



Casablanca


Existem filmes que ficam indeléveis para sempre. Outros que têm cenas, às vezes curtas, que duram uma eternidade, pela beleza plástica, pela carga de sentimentos e de emoções. É o caso do reencontro de Ilsa (interpretada pela bela Ingrid Bergman) com Rick (Humphrey Bogart), no esplêndido Casablanca, de Michael Curtiz, um dos dez maiores clássicos da história do Cinema.
E a citada cena tem curiosidades.
Em nenhum momento do filme é dita a frase que o tornou famoso: “Play it Again, Sam” (“Toque outra vez, Sam”). Na verdade, o que Ilsa diz ao pianista é: “Play it, Sam, play As Time Goes By (“Toque, Sam, toque As Time Goes By”). Outro detalhe: inicialmente tinha sido pensado para interpretar o papel do companheiro de Rick, uma atriz, Lena Horne ou Ella Fitzgerald. Finalmente foi o percussionista Dooley Wilson quem deu vida ao fiel Sam, ainda que não fosse ele quem tocasse na realidade, e sim o pianista Elliot Carpenter, oculto atrás de uma cortina.

Perdi a comanda, e agora?

Aspectos legais em caso de perda da comanda

Sérgio Ricardo Tannuri*

Às vezes, pode ter sido uma simples displicência de alguém que, sem querer, perdeu a comanda, assim como pode ter havido um premeditado furto do cartão por pessoas de má-fé. Isso é comum, pode acontecer com qualquer um de nós ou com nossos amigos. Porém, para o dissabor de quem teve sua comanda extraviado, o estabelecimento impõe como condição para que o consumidor saia do local o pagamento de uma multa altíssima, que, em algumas casas noturnas, chega a R$ 400,00.
Desde já, vale esclarecer: não existe lei que obrigue quem perdeu a comanda a pagar uma quantia a título de multa ou taxa. Isso é pura extorsão. A cobrança de multa sobre a perda de comanda é um abuso e é considerada ilegal pelo Código de Defesa do Consumidor. É obrigação do prestador de serviços vender fichas no caixa ou ter um sistema eletrônico de controle sobre as vendas de bebidas e comidas dentro de seu próprio recinto.
Se a casa não tem um controle sobre o que foi vendido, não pode explorar o cliente pois, em direito do consumidor, o ônus da prova é sempre do comerciante ou prestador de serviços. Porém, a realidade do mercado revela verdadeiros atentados contra os direitos do jovem consumidor que sai à noite para se divertir. Ao exigir a cobrança desta espécie de taxa, os responsáveis pelo estabelecimento invariavelmente acabam cometendo crimes contra a liberdade individual do cidadão. Levam a pessoa para 'quartinhos' ou 'salas separadas' e passam a intimidá-la através de seguranças brutamontes.
Insistir nessa prática extorsiva é considerado Constrangimento ilegal (Art. 146 do Código Penal), pois constranger alguém mediante violência ou grave ameaça a fazer o que a lei não manda (no caso, a pagar uma multa extorsiva) é crime, podendo o gerente e o dono do estabelecimento serem presos e condenados à pena de detenção, que varia de 3 meses a 1 ano. Em alguns casos, a coisa fica até mais grave, pois o consumidor que perdeu a comanda é impedido por seguranças de deixar a casa se não pagar a tal taxa abusiva. Isso é um absurdo e é considerado crime de
Sequestro e cárcere privado, (Art. 148 do Código Penal), que prevê pena de prisão de 1 a 3 anos ao infrator. Nesses casos extremos de crimes contra a liberdade individual, o cliente tem que ser intransigente: deve pagar apenas o que Consumiu ou discar 190 e chamar a polícia imediatamente para registrar queixa contra seus ofensores. Agir passivamente neste caso é causar um prejuízo à sociedade... está beneficiando os infratores. Lembre-se, portanto, que exigir o pagamento de multas altíssimas para quem perdeu sua comanda é considerada prática abusiva (e consequentemente ilegal) pelo Código de Defesa do Consumidor e deve ser denunciada ao PROCON.
*Advogado, especialista em Direito do Consumidor e Diretor da ACISCS - Associação Comercial e Industrial de São Caetano do Sul.

16 de jul. de 2009




Cadê o Gabeira?
F
alta, hoje, um tipo parecido com o estilo (antigo) do deputado federal Fernando Gabeira, no Congresso Nacional, para detonar tudo. Quem não se lembra (vejam o vídeo) o deputado Fernando Gabeira passando uma descompostura pública, no então presidente da Câmara, Severino Cavalcanti? Glória nacional. Nem tanto, Severino Cavalcanti era do baixo clero, sem nenhuma expressão política ou de poder, no Planalto Central. Por isso caiu.
Hoje, o Congresso Nacional vive num mar de lamas, ou tsunami, com irregularidades saindo pelo ladrão, e indo com ele, o ladrão: empregos para parentes e afilhados, contratações secretas, dinheiro público desviado, uma zorra. O presidente Sarney, responsável direto por muitas das mazelas e roubalheiras, continua lá. Todo mundo com medo do homem. Ele sabe de tudo.
O deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), um dos líderes do antigo movimento conhecido como “grupo ético” está lá caladinho. Pois é. Foi descoberto que integrantes de sua família viajaram para o exterior, usando passagens da Câmara.
Por isso, a culpa, de vez em quando, condena.

Esticando (demais)
a baladeira

As duas fotos: à esquerda Marilyn Monroe nua sobre lençóis vermelhos, em pose publicada na primeira edição da revista Playboy, em 1953. Ao lado, fazendo a mesma pose da foto famosa, a Mulher Melancia. A montagem está publicada na mais recente edição da revista.
Tudo nos conformes dizer que a nossa Mulher Melancia tem um bumbum nunca visto neste país, que ela é boazuda pra caramba etc e coisa e tal. É prego batido, ponta virada.
Agora, a Playboy querer assemelhar, a nossa safadinha e gostosa funkeira MM a outra MM, um dos maiores mitos do cinema, é esticar, demais, a baladeira. Menos!
Cidade descolorida
Tem frases que a gente não esquece. Muitas são impregnadas pela mídia (nos bordões de programas e nas novelas da TV ou de anúncios publicitários). Aquela, Amigo do pobre e conhecido do rico ficou na minha memória, porque a percebia , todos os dias, escrita no muro de um terreno, na Av. Santana Jr.- Papipu, por onde passo todos os dias.

Só que ela foi apagada, do muro. Não só ela, todas. A expressão fazia parte de uma imensa coletânea de outras mais escritas pelo sapateiro-filósofo Alves, ali estabelecido. O terreno foi vendido para um grupo de supermercados.


Alves anda triste, só consertando sapatos. Ele vai continuar com sua barraca, no mesmo lugar, porém, sem a sua principal paixão.

Agora, na avenida só carros, gente apressada... e desfalcada da filosofia do sapateiro.

A cidade fica mais descolorida.




Os truques do Jornal Nacional

Vocês sabiam que aquela entonação vibrante dos apresentadores do Jornal Nacional, da Rede Globo (no ar há 40 anos), é uma parte de truques para manipular a emoção dos telespectadores? E que também faz da engenharia de manipulação a leitura rápida de manchetes, seguida de cortes rápidos de imagens? Detalhe: o JN sempre começa com noticiais ruins. Entrevistei para a Singular o jornalista e doutor em Semiótica da Universidade de São Paulo, Hilton Hernandes, e ele disse que esses minutos iniciais são os mais problemáticos do noticiário para se obter a adesão do telespectador, e por isso é usado o impacto afetivo.

E eu perguntei a ele:

Presente na vida de qualquer cidadão, a televisão tem poder inegável. Como o senhor explica a manipulação da emoção do público pelo Jornal Nacional? Quais os truques que diferenciam o JN dos demais telejornais e por que há tanto tempo é campeão de audiência?

Hernandes: “Essa questão é bastante complexa e é analisada no meu livro A mídia e seus truques. Vou apontar apenas alguns aspectos mais superficiais. No JN, há uma profusão de estímulos, como constante mudança de vozes, de cenas, de repórteres e de apresentadores para captar e manter a atenção – bastante frágil – do telespectador. O verbal, principalmente a fala, assume um papel estratégico. Um noticiário de televisão, como o Jornal Nacional, tem a possibilidade de fazer uma narrativa visual, mas prefere construir inicialmente uma lógica “verbal” na qual são intercalados trechos de vídeos. O telespectador ouve, vê e “comprova” a existência de personagens e lugares citados. Tente só ouvir o JN no rádio. É possível perceber que o programa é perfeitamente compreensível. Há um ritmo muito acelerado, não dá tempo de refletir sobre o que é dito e mostrado. O JN também “espalha” os assuntos, muito mais preocupado em criar esse ritmo do que em organizar rigidamente o material, como no caso dos impressos, que dividem tudo em editorias. Isso quer dizer que notícias longas devem ser colocadas junto de outras curtas. Momentos de aceleração são compensados por outros, de desaceleração. Pode-se começar com um assunto de saúde em um dia, de segurança pública no outro e de política no seguinte. Como outros jornais de outras mídias, o JN, porém, sempre começa muito tenso, com notícias de impacto negativo sobre a vida dos telespectadores, e vai, aos poucos, apresentando assuntos mais leves. Chamo isso de estrutura happy end. Não sem razão, o apelido na Globo da última notícia que fecha o JN é “boa noite”.

15 de jul. de 2009


Quem dança melhor?

O Lula ou Obama?

Os dois presidentes que disputam entre os chefes de Estado mais populares do mundo agora têm um novo desafio. Quem será que é melhor nas pistas de dança: Lula ou Obama?
O grupo Galo Frito publicou um vídeo hilário, com uma montagem do presidente Lula dançando ao som de Harder, Better, Faster, Stronger, hit do duo de música eletrônica francês Daft Punk.


Barack Obama não quis ficar para trás. Ao ver “o cara” cheio de ginga no vídeo, o presidente americano resolveu mostrar o verdadeiro Black Power. O resultado é mais um vídeo hilário da turma de humoristas do Sul do Brasil.




LOIRA ESFUZIANTE
E POLÊMICA

Ainda continua, rendendo (só que na imprensa internacional) a foto da deliciosa funkeira Valesca Popozuda, que apareceu nua (na edição da Playboy de junho) debruçada sobre a foto do presidente Lula. Jornais da Espanha, da Argentina, do Chile e da França deitaram e rolaram. A loira, no entanto, avisa: “Sou apenas uma grande amiga do presidente”.

A funkeira, em questão, já esteve por aqui, em maio passado, cumprindo agenda de trabalho, e claro, aproveitou as delícias do sol. A artista, brincando num toboágua, nem percebeu que o seio escapou do biquíni.
E o Galvão
continua
errando
O piloto Nelsinho Piquet voltou a falar, ontem, sobre sua situação na Renault em seu Twitter. Galvão Bueno disse em seu programa na Sportv que Nelsinho seria demitido da Renault, o que foi desmentido pelo piloto. Em seu site, o locutor da Rede Globo disse esperar estar cometendo um erro no que falou, o que foi valorizado por Piquet.
"Galvão, li seu texto. Muito obrigado! Espero também poder te dar esse abraço lá na Hungria! E qualquer coisa me liga! Se cuida, 'veio'!", disse Nelsinho, confirmando sua presença no GP”.
Pra variar, mais uma vez, Galvão pisa na bola ou acelera demais o raciocínio.
Olhem aí, o que um dia ele pensou do maior piloto de todos os tempos da Fórmula 1, sete vezes campeão, Michael Schumacher:

LOGOTIPO DA COPA DO MUNDO - 2014
Essa acabo de receber, via e-mail, do meu amigo e contumaz pensador do Bar do Bigode, Ricardo Machado.
Coisas que se odeia no futebol

Na mais recente edição, a revista Placar listou algumas coisas que tiram o torcedor do sério. Por exemplo:


HINO NACIONAL
– O Hino Nacional brasileiro faz sentido nos jogos da seleção – e só. A obrigatoriedade da execução nas partidas, como se faz, aqui em Fortaleza, só serve para banalizar o próprio hino.

SENTA! Só existe uma coisa mais irritante que o sujeito das cadeiras que fica sentado de pé o jogo inteiro; o que fica sentado, pedindo para o resto da arquibancada se sentar.

MASCOTES – Só um torcedor sem coração não se sente constrangido ao ver um sujeito dentro de uma fantasia quente, debaixo de um sol escaldante, fazendo micagens para a torcida.


PELO AMOR DE DEUS - Tem jogador que se benze por qualquer motivo: quando entra em campo, quando faz uma defesa, quando faz uma falta, quando em substituído, quando perde um gol...Nada contra o credo de cada um, mas seria mais inteligente se benzer antes de perder um gol ?

CHUTEIRAS COLORIDAS – Bons tempos aqueles em que elas eram pretas, no máximo com detalhes brancos. Chuteiras azuis, vermelhas e até rosa têm uma única e inegável utilidade: dão um motivo a mais para maldizer aquele pipoqueiro do pezinho colorido.

Luxemburgo quer ser senador


Depois de ser demitido do Palmeiras, principalmente pela pelos incômodos que provocava à diretoria do clube por conta da vida fora do campo de trabalho (secretário particular, comissão técnica grande e até jogo de cartas) Vanderlei Luxemburgo agora parte para novo ataque. O treinador quer ser senador, pelo PT. Natural de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Luxemburgo já arranjou até o domícílio eleitoral: a Capital de Tocantins, Palmas, onde ele tem um terreno de 4.000 metros quadrados, no condomínio Polinésia.
Considerado como um dos melhores estrategistas do futebol brasileiro, Luxemburgo, além dos títulos, tem o currículo carregado de fracassos, denúncias e confusões.
Vanderlei Luxemburgo quando ainda treinava a Seleção Brasileira foi flagrado utilizando documentação falsa e com um processo de sonegação fiscal. Teve que mudar seu nome de Wanderley (artístico) para Vanderlei (original) Sua saída do selecionado brasileiro ficou marcada pela eliminação da equipe nas Olimpíadas de 2.000, quando o Brasil foi derrotado pela seleção de Camarões.



Foi condenado a pagar R$ 76 mil ao jogadora Marcelinho Carioca de indenização por tê-lo ofendido na Rede Bandeirantes de Televisão em programa comandado por José Luiz Datena, em 2007. Luxa chamou Marcelinho de “safado e moleque”. Ainda, numa atitude desastrada comentou para Rede Globo o jogo do Palmeiras, na Argentina, pela Copa Sul América. E, recentemente no Palmeiras, o time, na era Luxemburgo, gastou, pelo menos 150 milhões de reais, para manter o departamento de futebol. E ganhou só o campeonato Paulista.

Agora, para “Luxa” o rumo é o Congresso Nacional. Ele garante que uma pesquisa de opinião, o coloca em segundo lugar, nas intenções de voto.
Pelé, de novo, no cinema

A vida de Pelé será contada no cinema pela produtora americana Imagine, responsável de filmes, como O Código Da Vinci. A trajetória do Rei do Futebol terá nuances hollywoodianas, com roteiro do famoso Greg Howard (autor de Muhammad Ali e Ray Charles). É aguardar.
Agora, espera-se que Pelé tenha desempenho melhorzinho do que em Fuga para a Vitória (Victory), de 1981 (prisioneiros da II Guerra Mundial enfrentam jogadores profissionais da Alemanha nazista). O grande lance ou cena de Pele acontece quando ele faz uma “bicicleta”. Os jogadores são atores e atletas famosos. Vejam que lambança de filme:

14 de jul. de 2009

Perto da meia-noite
Quase meia-noite por aqui, no meu apê. Só rastros de solidão. Até o farol do Mucuripe que, de quando em vez, manda seus raios pela minha varanda, parece lento demais. A brisa que vem do mar, se escondeu.
E o que passa pela minha imaginação é o clima da bonança, de alegria e felicidade existente em pasárgada, poema que fica mais belo, mais original e sincero quando sai das entranhas do próprio autor .
Vou-me embora pra pasárgada, na voz dele, Manuel Bandeira:

Na Av. Pontes Vieira, funciona o restaurante Delícias do Sertão e tem uma placa enorme, com um dos símbolos sertanejos, o mandacaru. Até aí, tudo bem.
Só que os acepipes anunciados, em vez dos quitutes regionais (panelada, buchada, mocotó etc) estimulam os prováveis consumidores, apresentado promoções dos mais variados tipos de...pizzas.
É, no mínimo, uma contradição, confundindo o gosto do freguês.

O enfado da Eliégia,
no consultório

O
blogue é, por natureza, um espaço múltiplo, de informações, de curtição de fotos, de vídeos, e também de historinhas de cada um. Um diário. E, eu tenho as minhas conversas pessoais, para também, dividir com vocês, caros internautas. A jovem da foto acima é minha filha Eliégia que aparece, pensativa, sorridente e linda, ao mesmo tempo. O registro fotográfico foi, hoje, pela manhã.
A foto dela, eu fiz numa clínica oftalmológica, onde estou em tratamento para estrabismo que teima em dificultar eu ver as coisas do mundo como elas são, em imagem única.
Pois não é que a Eliégia, ainda na sala de espera, ficou enfadonha, ao ler as revistas postas à disposição dos pacientes e acompanhantes. E com razão.


Todas as publicações expostas (revista Veja, Época, IstoÉ etc) eram edições de datas atrasadas, até de um ano atrás. É sempre assim: os consultórios médicos se transformam num túnel do tempo ao propiciar aos seus frequentadores notícias ultrapassadas.



Melhor seria, se eles, principalmente os médicos, tivessem o poder de, em vez oferecer notícias de antanho, fizessem ressurgir plenamente (cem por cento) a saúde de antigamente. A notícia seria capa de revista ou de jornal, na primeira página da vida. Claro, isso é utopia.

Amo você, minha filha! Pelo seu carinho e dedicação.

Quando vi este vídeo, não deu pra segurar. Simplesmente genial. Fãs da banda de rock Soir participam de casa, via webcam, fazendo coreografias do clipe da música Hibi no neiro (algo como “Sons do cotidiano”).

A montagem é deslumbrante.



O vídeo mais visto dos Beatles


Paul McCartney interpreta uma das canções mais românticas da maior banda de rock de todos os tempos. Depois de tocar Yesterday, ainda ganhou um buquê de flores de John Lennon. No YouTube, é o um dos videos mais vistos.


Foto: Arquivo Nirez


Quando o diabo morou em Fortaleza

Certa vez, pedi ao poeta, historiador e membro da Academia Cearense e Letras, Juarez Leitão que escrevesse para a Singular um texto sobre figuras excêntricas que povoaram o cotidiano de Fortaleza. Dono de uma fluência imaginativa de narrador de causos, o poeta foi rápido na ação de pesquisador da memória fortalezense. Pois não que o danado descobriu que o "diabo" havia morado na Capital cearense.


Eis o seu relato:


Nas minhas entrevistas com as pessoas de idade, tentando reconstituir a memória oral da cidade, encontrei em três ou quatro ocasiões, referências a um homem que era o diabo. Essas alusões partiam de octogenários, geralmente mulheres, que antecediam seus relatos com um “meu pai contava” ou “minha mãe falava”.

Eram lembranças terríveis, vindas da infância, sobre um homem estranho que aparecera em Fortaleza, todo de preto, com seis dedos em cada mão, que tinha parte com o diabo. Essa assustadora figura misturava-se a manjaléus e bichos-papões no afã terrorista das mães e babás de outrora para fazerem as crianças dormir mais cedo ou para que comessem os mingaus e papinhas sem demora.

Sempre que ouvi referências à estranha figura do homem de seis dedos, ligava-as ao depoimento do poeta Otacílio de Azevedo em Fortaleza Descalça” sobre Raimundo Varão: “Era alto, magro, perfil grego, sobrancelhas espessas e juntas, olhos fundos, com olheiras cor de azinhavre. (...)

Possuía uma particularidade interessante: tinha seis dedos em cada mão, o que lhe aumentava o misterioso aspecto e talvez justificasse o seu comportamento esdrúxulo. (...) um sentimento de repulsa dele me afastava e me fazia temê-lo, como se ele fosse um monstro daquelas antigas estórias de Trancoso”.

Varão era um artista. Poeta primoroso e desenhista, trabalhava na Fotografia Olsen, do dinamarquês Niel Olsen, tendo como colegas de trabalho os irmãos Júlio e Otacílio de Azevedo e Herman Lima, que depois seria contista famoso e memorialista.

De onde teria vindo? Uns dizem que do Piauí, outros o dão como oriundo de São Paulo. As beatas da cidade supunham que teria vindo do reino de Lúcifer como estafeta de sua maldição. O que importa é que esse ser marcou Fortaleza no começo do século XX por seu comportamento estranho e original e aqui produziu sua arte.

Se o povo falava que ele era o diabo, ou seu missionário nesta terra, era porque o próprio Varão contribuía para que os falatórios se multiplicassem. Imaginem um sujeito alto numa terra de baixinhos, olhos fundos, olheiras roxas, extremamente pálido, vestido de preto, ateu, vivendo sem tomar banho e, além do mais, criando um sapo amarelo no quintal da casa em que morava, com quem conversava e trocava carícias?!

O soturno personagem praticamente não comia. Seu único alimento era cerveja com bolachas. A roupa acabava-se no corpo, e o fato de ser preta disfarçava-lhe a sujeira. Não o odor. Fedia, alguns diziam que a enxofre, que é o cheiro de satã.

Tinha o comportamento daqueles poetas do ultra-romantismo, vivendo paixões unilaterais e arrebatadoras por musas inalcançáveis. Possuído da contradição dos desesperados, falava assim para uma delas:

Anjo, mulher, demônio a quem venero,
Sombra que amaldiçôo e que bendigo,
Luz dos meus olhos, infernal perigo,
Causa de eu eterno desespero.
(...)Raimundo Varão viveu em Fortaleza entre 1911 e 1915. Dizem que foi embora para o Rio de Janeiro. De onde vivia mandou, tempos depois, para ser publicado na imprensa do Ceará, um belo soneto sobre Fortaleza. Era a saudade desta boa terra onde até os mefistofélicos se dão bem”.











Juarez Leitão

13 de jul. de 2009



De vez em quando, amigos me mandam, via e-mail, vídeos engraçados, pegadinhas legais. Esse é divertido...

E a loira ornamenta a paisagem..


Pedofilia impune


Na semana passada, foi o ex-campeão mundial, na corrida de 800 metros rasos, Zequinha Barbosa, absolvido, pelo Superior Tribunal de Justiça, da acusação de crime sexual contra menores. Recentemente, o juiz do Trabalho, do TRT- Amazonas, Antônio Carlos Branquinho, foi preso pela Polícia Federal, por promover orgias com crianças e dentro do próprio gabinete. Porém, só ficou cinco dias no xadrez. Os desembargadores amazonenses prometem investigar o caso, apesar das denúncias comprovadas. Pois, desde o último mês de março foram descobertas as primeiras evidências sobre abusos sexuais cometidos por Branquinho.

A Justiça tem fama de lenta...

Dona do bumbum

tira de letra a

cena com Obama

Articulada, a dona dos cabelos encaracolados e do bumbum famosos no mundo inteiro, a brasileira Mayara Tavares tirou de letra a sua notoriedade, repentina. Durante a reunião do J 8, em Roma, os presidentes Barack Obama (dos EUA) e Nocolas Sarkozy (da França) deram uma espiada, de leve, no traseiro da brasileira.


A reação de Mayara logo depois da ocorrência, nas escadarias:“Gente, conheci o Lula e o Obama”.


Em tempo: o vídeo (abaixo), mostra que olhos “grandes” mesmo não são os de Obama e sim de Sarkozy.



Que a terra não lhe seja leve

Morreu, na última segunda-feira, aos 93 anos, o principal responsável pelas causas que culminaram, entre outras atrocidades, por exemplo, no flagrante dramática dessa foto: Robert Mc Namara, ex-secretário de Defesa dos Estados Unidos que arquitetou o envolvimento do país na Guerra do Vietnã (1959-1975).
A foto é considerada como um dos vinte maiores momentos da história da humanidade. Pois registra a garota Kim Phuc, nua, fugindo de seu povoado que estava sofrendo um bombardeio de napalm. Até hoje é lembrada como uma das mais terríveis imagens da Guerra do Vietnã.
Mc Namara passou o resto da vida tentando apagar as consequências morais do conflito, e da derrota dos americanos.
Penso que “A terra lhes seja leve” (expressão contida no último parágrafo de Dom Casmurro, obra do genial Machado de Assis) é muito pouco para a maldade que Mc Namara arquitetou, provocando a morte de milhões de pessoas inocentes.


Sinal Fechado

H
oje, 40 anos depois.
Uma viagem no tempo: o quinto e último Festival da Música Popular da TV Record, em 1969, começava a consagrar, em definitivo (aliás, a consagração total aconteceu um ano depois com a gravação de Foi um rio que passou em minha vida) um dos maiores nomes da Música Popular Brasileira: Paulinho da Viola. Com Sinal Fechado, uma letra enigmática, a música do artista foi classificada em primeiro lugar. Aquele Festival da Record, que nos anos anteriores revelou tantos ícones (Chico Buarque de Holanda, Nara Leão, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Elis Regina, Geraldo Vandré, Os Mutantes, Tom Zé, Edu Lobo) e outras tantas melodias (como A Banda, Alegria Alegria, Domingo no Parque, Disparada), terminava de forma melancólica.
O público já não se interessava tanto (reparem no vídeo acima, o desânimo da plateia). O Brasil já vivia sob a repressão do AI-5 e o medo dominava as pessoas. Já não despertava tanto interesse nos artistas. Muitos, perseguidos pela ditadura militar, foram embora do Brasil.
Paulinho quase não conseguiu cantar, tanto era a apatia da plateia.
Mas, Sinal Fechado ficou na antologia da Música Popular Brasileira. E, com uma letra com conteúdo subliminar, tornou-se um grito silencioso contra a censura no país. Chico Buarque depois gravou, no início dos anos 70, do século passado.
A vela que o poeta esqueceu

Além das decantadas velas de suas jangadas, que tremulam na canção de Belchior, o Mucuripe também guarda uma outra, esquecida pelo poeta, ignorada por guias turísticos e pela maioria da população.
Quem passa pela Praça dos Amigos da Marinha, naquele bairro, vai observar uma estrutura preta esquisita, parecendo sair da terra. Trata-se da vela de um submarino americano, modelo Amberjack, usado na II Guerra, e que nove anos depois do conflito bélico foi vendido ao Brasil, já como sucata, e rebatizado como S-14 Ceará.
Como o nome do nosso Estado estava escrito lá, escolheram o solo da capital cearense como sua última morada. Além do mais, o Amberjack guarda uma façanha, registrada em tempos de potência e de glória: foi o primeiro submarino a emergir sob forte impulsão, mostrando “o nariz” de nove metros ao sol.
Construído em 1944, em plena efervescência da guerra, além das incursões beligerantes, anos mais tarde, já em 1950, foi alvo do noticiário internacional. A Revista The National Geographic Magazine publicou reportagem fotográfica relatando o salto para fora d’água , numa manobra executada com perícia e arrojo pelo seu comandante. Durante a guerra, foram construídas 400 unidades do Amberjack.
O modelo tinha comprimento de 100 metros, os deslocamentos chegavam à velocidade de 40 km na superfície e de oito, submerso. A frota saiu de circulação, nos Estados Unidos, em 1952. Várias unidades foram vendidas à Marinha brasileira, e uma delas passou a ser denominada de S-14
Ceará, até a sua completa desativação.

Há alguns anos, um grupo de cearenses integrantes da Sociedade dos Amigos da Marinha conseguiu junto às autoridades militares trazer a vela do antigo submarino e transformá-la em peça de museu, instalada na Praça dos Amigos da Marinha.

12 de jul. de 2009

Chaplin na carreira
de Roberto Carlos



Roberto Carlos, que ontem, comemorou 50 anos de carreira, tinha admiração por Charles Chaplin. Por exemplo: no clipe acima aparecem figuras representando Carlitos, personagem imortal de Chaplin. Mas...


...o "rei" tinha outra "admiração" pelo ator, diretor e compositor do cinema mudo.
Essa é cabeluda... RC e seu parceiro inseperável, Erasmo Carlos, plagiaram literalmente a melodia de uma composição de Chaplin, na música Amigo (1977).
Esse filme é um dos poucos que Chaplin fez e que ele não aparece em cena.

SAUDADES DE QUIXERAMOBIM


Manuel Bandeira*

O cabeçalho desta crônica mais parece título de alguma valsinha. Aliás, se eu tivesse bossa para a música, gostaria de compor três valsinhas – Saudades de campanha, Saudades de Teresópolis e Saudades de Quixeramobim. Poria num chinelo a Antógenes Silva com as suas Saudades de Ouro Preto e Saudades de Uberaba, essas duas delícias.
Creio que as saudades de Quixeramobim não são as que mais doem. Como me doem as de Paris . Porque a verdade é que não estive em Paris: estive durante três dias num quarto de hotel na Rua Balzac. Do mesmo modo, não estive em Quixeramobim: estive durante uns meses num sobradão da praça principal da cidade, em frente à velha matriz, e se estou batendo esta crônica de saudade é porque vi no Cruzeiro de umas semanas atrás uma fotografia do templo, não como é agora, desfigurado pela restauração, mas como era ainda em 1908.
Os dois veteranos pardieiros, a igreja e o meu sobrado, pareciam as duas personagens de um apólogo dialogal. Dois fantasmas. A casa dava fundos para o rio, de sorte que, logo que eu cheguei, fui à janela ver o rio. Foi uma grande lição de geografias: não havia rio nenhum: O Quixeramobim estava seco, seco; o que eu vi foi um areal, branco como uma praia, sobre o qual se arqueava a enorme ponte de estrada de ferro. E nesse areal várias cacimbas. O sobrado, que tinha um ar de mal-assombrado, era de tantas e tão espaçosas peças, que a matuta que levei para lá como cozinheira se perdia nele e um dia me disse, atarantada, que não sabia navegar naquela casa, não!
Eu vivia encantoado na sala da frente, que de um oitão a outro, com várias sacadas para o largo, mobiliada ( atenção, revisor: não ponha “mobilada”, que é uma palavra que eu detesto! ) com uma cama-de-vento, uma cadeira e um lavatoriozinho de ferro.
De vez em quando morria um cidadão de Quixeramobim e o sino grande da matriz entrava a dobrar. Era formidável. Sino de Quixeramobim, baterás por mim? Dizia eu comigo pressagamente. Quantas vezes, a horas diversas, chegava eu a uma das sacadas de frente e ficava a olhar a velha igreja! Onde nunca entrei e hoje tenho pena. Tudo isso virou saudade e sinto grandemente não ter bossa para escrever a valsinha que a exprimisse bem no estilo amolescente de Antenógenes Silva.


* A crônica Saudades de Quixeramobim, de Manuel Bandeira( 1886/1968), escrita em 1956, faz parte da coletânea de crônicas do autor pernambucano publicada, em 1957, no livro Flauta de Papel – Coleção Cronistas do Brasil. O grande poeta brasileiro relembra os dias em que esteve na cidade cearense (também passou curta temporada em Maranguape e Uruquê), em 1908, em busca de clima apropriado para tratar de tuberculose, doença que o atormentou até a morte.
Bombou na web


A marca de água mineral francesa Evian mostrou, na semana passada, que bebês na publicidade ainda dão resultados.Caprichou na computação gráfica e criou um vídeo em que nenês patinadores fazem manobras incríveis ao som de rap. Ja são 5 milhões de acessos. O making of também virou hit, visto mais de 300 mil vezes.




De um lado, um trem de carga pesando toneladas. De outro, um tornado poderoso. Quem leva a melhor? Um vídeo incrível feito com a câmera de segurança em cima de um dos vagões mostra que o trem não tem a menor chance. O monstro de ferro sai dos trilhos, derrotado. Foi visto 600 mil vezes.
Fonte: Revista Época