10 de jul. de 2009


Fotofofoca

A foto que está causando o maior frenesi na imprensa é esta que flagra o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, encantado com o traseiro de uma jovem brasileira, de 17 anos, representante do Brasil, na Cúpula Júnior 8 da Unicef, que acontece, na Itália.


Besteira, o presidente Lula também já foi flagrado, beijando mulheres e nem por isso o mundo caiu, nem ele acabou com o casamento.


O ex-presidente dos Estados Unidos , John Kennedy tinha como amante a atriz Marilyn Monroe (até ela cantou no aniversário de Kennedy – veja o vídeo) e a vida continuou numa boa...



Grande Waldick

Todas as vezes que escuto a música Tortura de Amor, me emociono. Não tenho motivos sentimentais para tal arrepio d’alma. Nem penso em amores fugidios.

Gosto.

E esse vídeo (que faz parte de um DVD, produzido pela atriz Patrícia Pillar, gravado no Cine São Luiz) registra o quanto Waldick Soriano é amado pelo povo. A emoção, a reverência, o carinho, a sintonia de sentimentos. A música bate de mansinho, e arrassadora, nos corações.

Tem uma passagem na carreira do cantor pouco conhecida. Em 1974, no auge da repressão da ditadura militar, esse lindíssimo bolero, Tortura de Amor , foi proibido de ser tocado em rádio e televisão. Naqueles tempos de censura, o governo proibia os civis de citar a palavra tortura...

E pelo visto, nem tortura de amor.

9 de jul. de 2009

E aí: o homem foi ou não foi à Lua?

Vocês, algum dia, desconfiaram que o homem não foi à Lua?
Como na vida tem gente pra tudo, o internauta André Basílio “jura” que o aconteceu com a Apollo 11 foi tudo trololó da NASA.
Vejam, segundo ele, algumas evidências das “falcatruas cometidas”, há 40 anos (no mês de julho), quando Neil Armstrong e Edwin Aldrin pisaram no Mar da Tranquilidade.
Nas fotos e vídeos, a bandeira dos EUA fica tremulando ao vento. Só que, não existe vento na Lua porque lá não há atmosfera.
Em centenas de fotos, vê-se as pegadas dos astronautas na Lua. Mas, sem oxigênio e umidade, é complicado que haja a formação de pegadas.

Pelo tamanho do Módulo Lunar, dificilmente existiria nele combustível suficiente para colocá-lo em órbita.
Existem milhares de fotos com penumbra, sendo que é impossível haver penumbra na Lua pela ausência da atmosfera.
UTILIDADE PÚBLICA

UTILIDADE PÚBLICA


Reparem o vídeo que a Cenira mandou-me: uma reportagem sobre ponto cego no trânsito.

O Congresso brotando do chão

Esta foto foi feita há 50, no mês de julho, pelo fotógrafo Milan Alram, quando da construção de Brasília. O sonho do presidente Juscelino Kubitschek começava a brotar do chão com os prédios de Oscar Nyemeyer. Meio século depois, o colosso do Congresso Nacional está se desmiliguindo, não na sua forma física, mas na estrutura moral e ética, com os desmandos de senadores e diretores da Casa.
Olha a expressão do Barack Obama ao receber, de Lula, a camisa da seleção brasileira.
Pela expressão facial, só faltou ele dizer: o que vou fazer com isso!
Chico Viola e a revolução
de 1930
Francisco Alves, o Chico Viola (1898/1952), conhecido na Música Popular Brasileira como o Rei da Voz, intérprete de algumas obras primas do cancioneiro, é personagem importante de um acontecimento histórico no Brasil: A Revolução de 1930. Porém, pouco conhecido.
O Museu Cearense da Comunicação, pertencente ao meu amigo Nirez, guarda uma relíquia : a gravação do Hino a João Pessoa, cantado por Francisco Alves. A peça musical fez parte de toda uma estratégia de marketing para eclodir o movimento comandado por Getúlio
Vargas.

Vamos aos fatos.
João Pessoa (1878/1930) era um dos principais líderes políticos do Nordeste naquela época, e foi derrotado ( juntamente com Getúlio Vargas, pois era o seu vice) nas eleições para presidente da República (março de 1930), pelo canditato governista Júlio Prestes. Antes do eleito assumir, João Pessoa foi assassinado (em julho) por um inimigo (João Dantas), em Recife, por motivos pessoais e políticos.

Vítima de uma desavença paroquial, porém, João Pessoa foi transformado em mátir nacional e muito bem usado pelos golpistas da insurreição de 30. Seu corpo foi levado para o Rio de Janeiro, Capital da República à época, e por onde passava era alvo de inflamados discursos daqueles contrários ao governo vigente. Virou uma comoção nacional (é aí onde entra a voz, o prestígio e a popularidade de Francisco Alves cantando o Hino a João Pessoa). Três meses após da morte de João Pessoa, dia 24 de outubro, era deposto o presidente Washington Luís.

E a Revolução de 30 aconteceu, com Getúlio Vargas assumindo o poder.
Escutem o Hino a João Pessoa:

8 de jul. de 2009


A impunidade continua correndo


Dedão pra cima, todo feliz. O ex-campeão mundial, na corrida de 800 metros rasos, Zequinha Barbosa tem motivos. O Superior Tribunal de Justiça o absolveu, recentemente, da acusação de crime sexual contra menores.



Em 2003, o corredor Zequinha e seu ex-assessor Luiz Otavio Flores da Anunciação pegaram em um ônibus, em Campo Grande – Mato Grosso do Sul, duas adolescentes de 12 e 13 anos. Fizeram sexo com elas no motel, fotografaram as duas nuas e pagaram R$ 80. O Ministério Público de Mato Grosso do Sul recorrerá ao Supremo Tribunal Federal, pois a sentença do STJ contraria o Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 e a Constituição de 1988.



Enquanto o Senado continua parado por conta das falcatruas de seus membros, projetos importantes para a Nação estão lá à espera de votação. É o caso do projeto da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) que defende a punição para crimes de abordagem sexual a menores de 14 anos, acabando com a distinção entre estupro ou atentado violento.


E agora aparece uma versão interessante, em desenho animado, da Dança do Quadrado, que tanto bombou na rede.

Fonte: Kibeloco

7 de jul. de 2009



Tom Jobim e a vaia de 68


1968 foi um ano de turbulência político-social, no Brasil E na artes, nem se fala, principalmente na música, época dos festivais. Naquele ano aconteceu o Festival Internacional da Canção (FIC) e a música representativa do Brasil para a fase internacional foi Sabiá, de Chico Buarque e Tom Jobim, vencendo na fase nacional a composição Pra não dizer que não falei de Flores, de Geraldo Vandré, a preferida do público, de grande apelo popular, pois era um hino contra a ditadura militar, então vigente. Sabiá ganhou. Pois era uma música mais lírica e menos impactante, interpretada por Cynara e Cybele, e que falava do exílio, e que muitos artistas e intelectuais estavam sendo (e iriam ser num futuro próximo) submetidos. Todavia, foi vaiadíssima pelo público.
Li recentemente, o livro O Som do Pasquim, que republica entrevistas históricas feitas com artistas. E na concedida por Tom Jobim, realizada em 1969, um ano depois do Festival, ele, simplesmente, minimizou o acontecido da vaia que sua música tomou, no Maracanãzinho, e até diminuiu, a beleza e importância da composição.
O que disse Tom: “ Então pra não ser do júri, como fui convidado, eu peguei uma música toda complicada, cheia de modulações, nada popular, e botei lá pra me livrar. Estava certo que não chegaria à fase nacional e cheguei. Quando eu senti a barra do Festival, pedi socorro ao Chico Buarque. Ele estava em Roma, coitadinho, e veio; bebeu lá no avião, aí bebemos no Maracanãzinho. Aquela passarela do Maracanãzinho é muito curva, íngrime; o sapato de verniz nunca tinha sido usado, era aquele que escorrega mesmo. Então, nós nos demos as mãos e tentamos chegar lá embaixo. Agora, interpretar a vaia ou aplausos é um negócio muito difícil”.


Praça do Ferreira, espelho de pautas”

Texto: Jorge Pieiro

Fotos: Evilázio Bezerra

O que acontece, na Praça do Ferreira, em pleno domingo? Como é o “coração da cidade” sem o frenesi da movimentação de segunda a sábado? Quem anda por lá? Foi esta a pauta que o cronista Jorge Pieiro, juntamente com o fotógrafo Evilázio Bezerra fizeram para a Singular , e que foi publicado, na edição de número 25 de 2008.
Ficou muito bacana o trabalho dos dois:


"Passava pouco das 6 e meia da manhã daquele domingo. A fachada do Cine São Luís apresentava o horário e o cartaz do filme A guerra dos clones, e quase uma centena de pombos bicava o chão da praça, logo espantados pelo ciclista do Siqueira, Giordano Gadelha, 29 anos, estudante de Administração e espécie de faz-tudo no lugar da maior diversão, a varrer a frente do edifício.


Pelo lado da Leão do Sul, ninguém, afora as sombras de um delirante olhar. Caberia certo medo naquela solidão, mas só até que a algazarra de um bando de travestis colorisse o silêncio da manhã dispersa e enchesse de trejeitos e passos trôpegos o caminho vazio. E aumentasse o medo, e afastasse o delírio a uma bruta realidade.


Um quase invisível homem de barba, sentado em um banco, isolado, olhava para as paredes e portas cerradas. Desconfiado, olhava também para todos os lados, como se tivesse a temer um segredo ou uma aproximação. Sem ser notado desaparecera. Outro, perna erguida, sem nenhum pudor, lamentava da existência falando ao celular com uma provável amante sonolenta.





À frente do antigo Hotel Savanah, entre os quiosques de alvenaria, duas mesas brancas e um ror de gente. Homens e mulheres em incontrolável vício dobravam a madrugada, desde o bingo, e amanheciam entre copas, paus, ouros e espadas, e montículos de moedas a tilintar!



Melhor foi tentar uma conversa com o Pirrita, um dos mais antigos frequentadores, 66 anos de idade, dos quais 54 de graxa e alegria. Ao lado, o cachorro imponente a observar o dono dando milho aos pombos, a mão em concha... Conversa mesmo, só com o amigo enfezado, seu Francisco Alfredo, 74 anos, vindo do Pirambu para passar o tempo naquela praça violada e ver o pouco movimento, mesmo sem assentir com o que via agora por ali até escorraçar, sem correções: “Hoje, a praça é um verdadeiro chiqueiro de porco. Só tem ladrão, veado, sapatão e baitola...!”


Quase 9 horas, uma família atravessara a praça, em destino à praia.. O garotinho montado nos ombros, o coraçãozinho batendo forte. E naquela imensidão, os últimos pombos, ainda o sussurro dos poucos, uma dupla de policiais em ronda, quais nomes estavam marcados ao peito? Henrique, Aurélio? Aos poucos, um grupo de estudantes de História, alguns pais e a curiosidade pelas fachadas destruídas de um passado diferente.


Enfim, a praça foi se transformando aos poucos. Ficando sem graça... a praça, sem graça, perdendo o reflexo, desgastando a pauta. Assim, cada um se foi. O fotógrafo, o cronista, ... o domingo".
Cavalgadas das Valquirias
no cinema




Hoje, logo pela manhã, ouvi no blog do Noblat, o Prelúdio do ato III, a parte mais conhecida da composição Cavalgadas das Valquírias, de Richard Wagner (1813-1883),genial compositor alemão, interpretada pela Orquestra Filarmônica da Rádio da Holanda.


A execução da peça é irrepreensível.


Agora, de arrepiar mesmo, é ouvir Cavalgadas das Valquirias, na sequência de helicópteros, no filme Apocalypse Now Redux, de Francis Ford Coppola. Sem dúvidas uma das melhores cenas que o cinema já produziu. Emocionante.


Só tem um pequeno deslize na cena: conforme pesquisa do site Nossafalha.com - especialista em encontrar erros de filmagens - a fita magnética usada para tocar a composição de Wagner não passa sobre o cabeçote do aparelho de som utilizado no helicóptero.

6 de jul. de 2009




A nova minissérie da Globo, Som & Fúria, que estreia, amanhã, após Casseta e Planeta, traz de volta à tela, 21 anos depois, o ator Felipe Camargo. O motivo de tanto tempo afastado do elenco global: vida pessoal atribulada – bebida, droga e brigas com a ex-mulher Vera Fischer, com quem contracenou e se apaixonou, na novela Mandala, entre 1987 e 88 - (vejam o vídeo).
Hoje, aos 47 anos, Felipe se diz calmo e maduro.
Vida nova, Felipe!


Biggs, é o "cara"

O que é que o vídeo acima da banda Os Intocáveis tem a ver com o que vou escrever? Tudo. Li nos jornais deste início de semana, que um ministro da Justiça do Reino Unido negou a liberdade condicional a Ronald Biggs, cúmplice de um célebre assalto a um trem postal, em 1963. Biggs, que fugiu para o Brasil, entregou-se muito tempo depois, voluntariamente, em 2001. Hoje, ele, aos 79 anos, está doente.
Segundo o site Wikipédia, em 1974, ele foi encontrado pelo jornal Daily Express, no Rio de Janeiro. O repórter Colin MacKenzie recebera informações do paradeiro de Biggs, e os detetives da Scotland Yard não tardaram a seguir em seu encalço. No entanto ele não poderia ser extraditado, pois na época não havia compromissos recíprocos ou tratados de extradição firmados entre o Brasil e o Reino Unido.
Para completar, a então namorada de Biggs (Raimunda de Castro, dançarina em casas noturnas), estava grávida, situação que impedia a expulsão de Biggs, segundo a lei brasileira. Seu status de foragido também não lhe permitia trabalhar legalmente, mas não o impedia de tirar proveito do azar da Scotland Yard.
Repentinamente xícaras e camisetas com a estampa de Biggs começaram a surgir em pontos turísticos do Rio. Por alguns dólares, qualquer um poderia almoçar e bater um papo com o charmoso anti-herói.
Depois, Biggs resolveu se entregar à Justiça de seu país. Foi preso.
E agora, quer a liberdade condicional. O juiz negou e ainda disse: “O senhor Biggs não demonstrou qualquer arrependimento. Se tivesse cumprido sua sentença, já seria um homem livre”.
Biggs, certamente, sente saudade da impunidade, no Brasil, por isso a banda Os Intocáveis, à época do presidente Collor de Melo, “lançou” Biggs à presidente do Brasil.
Mas, a mensagem da banda tá bem atual com os desmandos e roubos que acontecem, em Brasília, principalmente no Senado Federal.

Recordar é preciso...
mas com informações


Gosto de futebol (embora o meu Ferrim esteja uma porcaria – perdeu ontem, na abertura da Série D, em pleno estádio Elzir Cabral para o Alecrim, do Rio Grande do Norte), e acompanho o pebol cearense, lendo as páginas esportivas dos jornais da cidade. E as colunas são referenciais do que acontece nos bastidores. A coluna, no Diário do Nordeste, do Tom Barros, o "fidalgo", como diz o Alan Neto, tem um espaço, denominado de Recordando, relembrando personagens que fazem o esporte alencarino. Acho ótimo o Recordando, pois lá revejo meus antigos ídolos.


Só que o Tom, muitas vezes, coloca fotos e não identifica todos que estão lá. Naquela publicada, na edição de hoje, (uma foto da seleção cearense de Futebol de Salão, do início da década de 60, do século passado), ele nomeia alguns jogadores, mas não sabe os nomes dos demais. E ainda pede aos leitores para identificar o restante do grupo.


Ora, a informação tem que sair completa. Caso, o colunista não sabe quem são todos, deve ir pesquisar e só publicar quando tiver a certeza de nomear os figurantes da foto.
Nos anais da MPB


Depois que o ex-pugilista Maguila partiu para o ataque, na geleia geral do caldeirão da música,gravando um CD, agora quem está na “praça” é a socialaite Eloisa Faissol. E ela vem arrebentando, pelo menos nas intenções da letra, com a música Dou pra cachorro. Essa composição, com certeza, vai entrar, com tudo, para os anais da MPB.
A nova funkeira não está nem aí para as reclamações de sua família, uma das mais tradicionais do Rio de Janeiro. O filho dela chiou, e ela “acalmou” o rebento, dizendo: ”Tem dia que a mamãe interpreta uma cachorrinha. Amanhã interpreta uma galinha”.

5 de jul. de 2009


A Cigarra e as multinacionalmas


A Cigarra e a Formiga, uma das fábulas recontada por La Fontaine e que ensina que os que não pensam no dia de amanhã, pagam sempre um alto preço por sua imprevidência.
Como La Fontaine fez a sua versão da fábula, originalmente atribuída a Esopo, Millôr Fernandes mandou a sua, nesta semana, para os leitores da revista Veja. Ficou legal:


A CIGARRA E A FORMIGA (2009)

Cantava a Cigarra
Em dó sustenidos
Quando ouviu os gemidos
Da Formiga,
Que bufando e suando,
Ali, num atalho,
Com gestos precisos
Empurrava o trabalho:
Folhas mortas, insetos vivos.
Ao ver a Cigarra
Assim festiva,
A Formiga perdeu a esportiva:
“Canta, canta, salafrária,
E não cuida da espiral inflacionária”
No inverno,
Quando aumentar a recessão maldita,
Você, faminta e aflita,
Cansada, suja, humilde, morta,
Virá pechinchar à minha porta.
E, na hora em que subirem
As tarifas energéticas,
Verá que minhas palavras eram proféticas.
Aí, acabado o verão,
Lá em cima o preço do feijão,
Você apelará pra formiguinha.
Mas eu estarei na minha
E não te darei sequer
Uma tragada de fumaça!”
Ouvindo a ameaça,
A Cigarra riu, superior,
E disse com seu ar provocador:
“Você está por fora,
Ultrapassada sofredora.
Hoje eu sou em videocassete
Uma reprodutora!
Chegado o inverno,
Continuarei cantando
- sem ir lá –
No Rio,
São Paulo
Ou Ceará.
Rica!
E você continuará aqui
Comendo bolo de titica.
O que você ganha num ano
Eu ganho num instante
Cantando a Coca,
O sabãozão gigante,
O edifício novo
E o desodorante.
E posso viver com calma
Pois canto só pra multinacionalma”.







Fortaleza descalça
Domingo ao entardecer. De repente, bate uma saudade da Fortaleza que eu não vivi. Conheço a “Fortaleza Descalça”, como dizia o poeta Otacílio de Azevedo, por meio de fotos. Era uma cidade longe, muito longe da metrópole de trânsito caótico, da violência reinando pelos quarteirões... e de outras quimeras.
As fotos foram feitas por Amélia Earthart, em 1937, que realizava voo em redor do mundo. A destemida aviadora, norte-americana, pilotava o seu monoplano Lockhead-Electra e fez escala em Fortaleza. Nasceu Atchison-Kansas, e morreu, no mês seguinte, quando sobrevoava o Pacífico, em condições misteriosas. Correu a versão que ela estava a serviço da espionagem americana, sobre ilhas próximas ao Japão.
Fotos: Arquivo Nirez
Ele bombou na web

Longe das brigas entre os possíveis herdeiros, da falsa paternidade, do local onde será sepultado, os fãs de Michael Jackson não estão nem aí. Querem mesmo é homenagear o ídolo.
Dos vídeos mais bombabos na net, nesta semana, só deu ele.





Os detentos de um presídio, nas Filipinas, resolveu homenageá-lo com uma coreografia. Dois anos antes, eles ficaram conhecidos na web com um clipe inspirado em Thriller. Segundo a direção do presídio, a dança transformou o presídio. Antes tomado “pela corrupção, pelas drogas e pelo jogo”, o lugar se tornou até atração turística – os presos passaram a fazer apresentações semanais. O vídeo já alcança três milhões.




O moonwalk (algo como “andar na lua”) passo de dança mais famosa de Michael Jackson, foi a homenagem mais comum ao cantor, na semana passada, na web. Em Londres, uma multidão se reuniu para fazer o passo ao mesmo tempo, e vários vídeos de brincadeira foram para o You Tube. O mais engraçado, porém, é o de um fã solitário, no Brasil. Ele atravessa a Avenida Presidente Vargas, uma das mais agitadas do centro do Rio de Janeiro, imitando Michael, sob os olhares espantados dos transeuntes.


Fonte: Revista Época

O beato, o meu apê,
a Igreja e o massacre


Dentre as obras de arte que ornamentam o meu apê, guardo uma com todo o carinho: a escultura entalhada, em madeira, pelo artesão Beto que retrata o beato José Lourenço, personagem importante na história de Juazeiro do Norte.



O trabalho artístico é peça única sobre o beato, pois foi pedido meu ao amigo Álvares, que mora em Juazeiro do Norte, e a encomendou ao escultor. Pois, segundo Álvares (conhecido no bar do Bigode, lá na Cidade 2.000, pelo apelido de Padre Cícero) se existem, aos milhares fotos, esculturas, xilogravuras e outras quinquilharias, referenciando o Padre Cícero Romão Batista, não tem uma imagem, personificando o beato José Lourenço.



Na realidade o que acontece é que a porção histórica do beato fundador do Caldeirão (lugar vizinho a Juazeiro do Norte, onde José Lourenço formou uma espécie de sociedade socialista, entre 1928 e1937) ficou restrita a estudos acadêmicos.



No Caldeirão funcionavam engenho de rapadura, casa de farinha, tecelagem, carpintaria e oficina de ferreira. Uma comunidade autossustentável economicamente. E isso incomodava os grandes latifúndios, as autoridades e também a igreja católica apostólica romana. Era um bonito exemplo de reforma agrária.



E por isso, o Caldeirão foi invadido pela polícia, destruído e grande parte dos seus habitantes mortos.


O que falta, ainda ser melhor, esclarecido pela própria Igreja são as causas do massacre, a participação tanto do Padre Cícero como dos Irmãos Salesianos, radicados em Juazeiro do Norte.


O padre Cícero, porque enganou o Beato José Lourenço ao ceder o sítio Caldeirão para a comunidade e pouco antes de morrer, aos 90 anos, em 1934 (na sua derradeira tentativa de agradar a Igreja e readquirir os direitos de praticar ofícios religiosos, destinou grande parte de sua fortuna latifundiárias aos Irmãos Salesianos) incluiu também o Caldeirão.



E os Irmãos Salesianos tiveram sua cota no massacre. Em 1998, entrevistei, 61 anos depois da tragédia, para o jornal Diário do Nordeste) o general Goes de Campos Barros que à época foi o comandante das tropas destruidoras do Caldeirão. Ele, arrependido, foi taxativo: “Provavelmente, se os Irmãos Salesianos tivessem constatado que aquilo se transformaria numa violência, teriam tomado todas as providências, e com certeza, não pediriam forças militares para resolver o problema. Eles foram inflexíveis com o beato José Lourenço e seus seguidores”.


Nunca a Igreja fez a remissão desse pecado.
X-Men Origins
continua
dando rolo


Continua dando rolo o vazamento para a internet, em abril passado, do filme X-Men Origins: Wolverine, antes do lançamento em circuito comercial. Foi demitido o colunista Roger Friedman, da FoxNews.com, que publicou resenha de uma versão pirata. Tanto o site como a produtora do filme, a 20th Century Fox, fazem parte da News Corporation, o conglomerado de mídia de Rupert Murdoch, informou o The New York Times.
Após a confusão, produtores e atores tentaram minimizar o ocorrido, como disse em entrevista, o ator principal, Hugh Jackman: “Não sou um cara que fique preso ao que já aconteceu. Gosto de olhar o futuro, de caminhar para a frente. Fizemos esse filme para a tela grande. Fico feliz de ver que as pessoas têm entendido isso. X-Men Origins: Wolverine é um filme para ser visto no cinema, e, não, na tela do computador”.
Confusão parecida aconteceu por aqui, quando do lançamento do filme Tropa de Elite.
Pra quem ainda não viu a história de um mutante com poderes regenerativos, conhecido como Wolverine, com suas garras de aço, aqui vai o trailer do filme:


Ricardo Machado, além de amigo e proseador contumaz do bar do bigode, gosta
de música...
e de qualidade.
Mandou-me, e divido com vocês, a belíssima execução do choro Tico Tico no Fubá - de Zequinha de Abreu e Aloysio Oliveira- pela Orquestra Filarmônica de Berlim.